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Crise dos migrantes no Mediterrâneo só se resolve com paz Líbia

A restauração da estabilidade na Líbia é a única forma de resolver a crise dos migrantes no Mediterrâneo, disse hoje o primeiro-ministro italiano, ao falar durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente norte-americano.

Crise dos migrantes no Mediterrâneo só se resolve com paz Líbia
Notícias ao Minuto

21:10 - 17/04/15 por Lusa

Mundo Matteo Renzi

Barack Obama, por sua vez, avisou que restabelecer a paz não poderia ser conseguido pela força militar.

Durante este encontro com os jornalistas, Matteo Renzi adiantou que só nos últimos seis dias foram resgatadas 11 mil pessoas do Mediterrâneo, adiantando que o problema só poderia ser resolvido com a paz na Líbia.

A situação neste país norte-africano, cada vez mais violenta e caótica, desencadeou um crescimento acentuado do número de pessoas que procuram chegar à Europa, intenção que não diminuiu apesar do trágico fim sofrido por muitos que tentaram a travessia marítima.

No domingo, morreram cerca de 400 migrantes, que sonhavam com uma vida melhor, depois de o barco em que viajavam ter naufragado na costa líbia, com os sobreviventes, em estado de saúde grave, a serem levados para Itália.

"Isto é um mar, não é um cemitério", afirmou hoje Renzi, acentuando que, "neste momento, o problema é a situação no terreno na Líbia".

Apesar de a Itália estar a lidar, com a Organização das Nações Unidas e os seus aliados regionais, com a situação, o problema só pode ser resolvido se as fações rivais na Líbia resolverem as suas diferenças, acrescentou o chefe do governo italiano.

"Deixem-me ser muito claro. Paz na Líbia -- ou as tribos a fazem ou ninguém o fará", sintetizou.

Obama afirmou que os EUA estão a monitorizar a Líbia de muito perto, até porque militantes extremistas se instalaram no país, que é um dos seus principais pontos de apoio.

Mas o presidente norte-americano preveniu que ataques com aviões não tripulados ou operações militares não acabariam com a instabilidade na Líbia, que descreveu como "uma área de grande preocupação".

Apesar de os EUA se manterem vigilantes contra ameaças terroristas provenientes da Líbia, Obama disse que "a resposta definitiva é ter um governo que possa controlar as suas fronteiras e trabalhar" com os EUA".

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