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"Merkel prefere sentar-se a meu lado ou de Le Pen?"

O líder do partido Podemos, de Espanha, deixa esta segunda-feira farpas a Angela Merkel, questionando a chanceler alemã sobre se preferiria sentar-se a seu lado ou da líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen.

"Merkel prefere sentar-se a meu lado ou de Le Pen?"
Notícias ao Minuto

14:15 - 09/03/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Pablo Iglesias

Num momento em que a Europa aparenta estar numa encruzilhada política determinada por fatores económicos, temos assistido ao surgimento de novas forças políticas. Na Grécia, o Syriza ganhou as eleições e, aqui já ao lado, em Espanha, o Podemos está a obter resultados pré-eleitorais que assustam os partidos tradicionais.

Neste sentido, o líder do novo partido espanhol, questiona alguns dos pilares sobre os quais assenta a construção europeia, questionando-se porque é que é aceitável ter um representante da extrema-direita no Parlamento Europeu e porque se temem, em sentido inverso, as iniciativas políticas de esquerda.

Apoiante da causa grega, Pablo Iglesias deixa o aviso quanto a um crescimento político da direita extremista, que, preconiza, “talvez no prazo de um ano, Marine Le Pen [líder da extrema-direita francesa] obtenha um lugar no Eurogrupo” e, por essa razão, questiona-se: “Será que Angela Merkel [chanceler alemã] prefere sentar-se a meu lado ou de Le Pen?”.

Numa entrevista à Reuters, citada pela Rádio Renascença, o líder político do Podemos refere que “é muito importante aceitar a mão estendida por aqueles que, como nós, são pró-Europa e que defendem o projecto europeu”, defendendo porém uma alternativa política para o seu país.

“Tenho a impressão de que se não ganharmos, poderá haver neste país uma grande coligação, como aquelas que têm dominado em muitos outros países europeus. E vão manter-se as políticas que nos levaram ao desastre”, defende o líder político.

Servindo-se deste ponto como trave mestra para passar às questões económicas, Iglesias defende que Espanha deve ser analisada com olhos diferentes dos que olham para os países em crise, até pela dimensão e peso que tem no seio da União Europeia.

Apesar de defender que a austeridade apenas trouxe o caos, o líder do Podemos parece recuar na questão inscrita no seu manifesto que antevia uma reestruturação da dívida espanhola. “As políticas de austeridade estão a levar-nos perto do caos e nós podemos fazer melhor”, afirma.

No seu manifesto eleitoral, refere a Renascença, o Podemos defende a reforma do sistema fiscal, fazendo passar o peso do trabalho para o capital, o aumento dos impostos para os mais ricos e mais poder para os agentes fiscais.

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