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Terroristas fazem mais mal ao Islão do que caricaturas injuriosas

O chefe do Hezbollah xiita libanês considerou na sexta-feira que os combatentes islamitas radicais ('jihadistas') espalhados pelo mundo fazem mais mal ao Islão do que as publicações que gozam com Maomé, sem mencionar o massacre na Charlie Hebdo.

Terroristas fazem mais mal ao Islão do que caricaturas injuriosas
Notícias ao Minuto

09:33 - 10/01/15 por Lusa

Mundo Hezbollah

"Neste momento, é preciso, mais do que nunca, falar do profeta devido ao comportamento de certos grupos terroristas que se reivindicam do Islão", disse Hassan Nasrallah, cujo partido xiita combate os movimentos sunitas na Síria ao lado do regime de Bachar al-Assad.

"Através dos seus atos imundos, violentos e desumanos, estes grupos atingem o profeta e os muçulmanos mais do que os seus inimigos (...), mais que os livros, os filmes e as caricaturas injuriosas para o profeta", acrescentou o chefe do Hezbollah, durante um discurso teledifundido, por ocasião do apadrinhamento de uma associação de caridade pelo seu partido.

"São os piores atos da história prejudiciais para o profeta", continuou Hassan Nasrallah.

O dirigente xiita aludia ao célebre romance controverso de Salman Rushdie, "Os Versículos Satânicos", que motivou uma fatwa emitida pelo aiatola Khomeini, em 1989; ao vídeo anti Islão "A Inocência dos Muçulmanos", que causou violentas manifestações no mundo muçulmano em 2012; e às caricaturas de Maomé publicadas por um jornal dinamarquês em 2005 e republicadas pelo semanário Charlie Hebdo.

Nasrallah não mencionou nem condenou o ataque ao Charlie Hebdo por dois presumíveis combatentes islamitas, que causou 12 mortos, em Paris.

Por ocasião da publicação das caricaturas pelo jornal dinamarquês, o Hezbollah, como numerosos outros partidos islamitas, indignou-se contra os desenhos e promoveu manifestações.

Mas Nasrallah aludiu à França, ao afirmar que depois das atrocidades cometidas pelos combatentes islamitas na Síria, no Iraque, no Líbano, no Paquistão, no Afeganistão e no Iémen, "o flagelo atingiu hoje os Estados que os exportaram" (a estes extremistas) para os países árabes.

Numerosos membros destes grupos na Síria e no Iraque são ocidentais, entre os quais franceses, norte-americanos e britânicos.

Apoiado por Teerão, o Hezbollah xiita, que se tornou conhecido nos anos 1980 no Líbano, está em guerra contra os rebeldes e os 'jihadistas' na Síria, argumentando que está a defender o Líbano do "extremismo".

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