"Temos plena consciência de que o país tem um exército regular, aviação, armada e forças nucleares, mas existem missões que só voluntários podem cumprir", disse Ramzán Kadirov, citado pela agência russa Interfax, num encontro em Grozni, capital chechena.
Diante de 20 mil voluntários com instrução militar, Kadirov realçou que Putin passou os últimos 15 anos a ajudar o povo da Chechénia, república autónoma de maioria muçulmana da Federação Russa.
"Agora nós, e somos dezenas de milhares com preparação militar, pedimos ao líder nacional da Rússia para nos considerar como um destacamento especial de voluntários (...) dispostos a defender a Rússia, a sua estabilidade e fronteiras, e cumprir missões de combate de qualquer complexidade", disse o líder checheno.
Ramzán Kadirov apontou o dedo aos Estados Unidos e à Europa por terem declarado "uma guerra económica contra a Rússia" e por terem tentado "provocar o caos, o pânico e a desordem em massa no país".
"Mas o povo russo uniu-se em redor do seu líder, Vladimir Putin", realçou o presidente checheno, destacando ainda que "nessa união o povo checheno ocupa um dos lugares centrais".
Em meados deste mês, Putin criticou o líder checheno por ter ordenado castigos, sem mediação judicial, para familiares de presumíveis terroristas.