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Presidente brasileira vai manter direção da Petrobras

A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou hoje confiar na atual presidente da companhia petrolífera Petrobras, Graça Foster, reforçando que será mantida no cargo.

Presidente brasileira vai manter direção da Petrobras
Notícias ao Minuto

15:45 - 22/12/14 por Lusa

Mundo Dilma Rousseff

"Graça é uma pessoa ética", afirmou a líder brasileira durante um pequeno-almoço com a imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.

A posição de Dilma Rousseff surge um dia após a ex-gerente de Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca ter afirmado em entrevista ao programa "Fantástico", da emissora "Globo", que ela própria havia avisado Graça Foster sobre a existência de um esquema de corrupção dentro da empresa.

Graça Foster, que já havia sido acusada de saber sobre as transações ilegais, negou, na semana passada, que tivesse qualquer conhecimento sobre as irregularidades.

A presidente brasileira afirmou hoje que não tem razão para duvidar da integridade de Graça Foster e que esta será mantida no cargo, bem como todos os diretores da empresa.

Dilma Rousseff avançou, por outro lado, que pensa em mudar o Conselho de Administração da empresa, mas sem citar nomes.

A Petrobras tem sofrido uma grave crise desde que uma operação levada a cabo em março pela polícia federal brasileira desmantelou uma rede de branqueamento de capitais.

Durante as investigações, a polícia chegou ao executor dos envios de remessas para o exterior, identificando a partir daí uma lista com os principais clientes, que incluía nomes de políticos e de dirigentes de empresas brasileiras.

Desde então, a Petrobras passou a ocupar o centro das investigações, que já levaram à prisão de executivos de algumas das mais importantes empresas do Brasil, incluindo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O esquema envolvia, entre outras irregularidades, sobrefaturação de obras e projetos e receção de subornos de empresas que celebravam contratos com a Petrobras. O dinheiro geralmente ia para o "caixa dois" (saco azul) de partidos políticos a fim de financiar suas campanhas.

A partir de um acordo de denúncia premiada, Paulo Roberto Costa tem colaborado com a Justiça citando nomes de envolvidos. A lista atual, segundo revelou a imprensa brasileira, inclui 28 nomes de políticos, incluindo o ex-ministro Antonio Palocci e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

O escândalo está provocar uma quebra acentuada do valor das ações da Petrobras, que já desvalorizaram de 25 reais (7,66 euros) em setembro para 9,83 reais (3,00 euros) na cotação de hoje.

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