Corria o ano de 1943 e ‘Lassie’ entrava na vida das pessoas. Esta cadela não foi apenas um marco no cinema mundial, como também a prova viva de que um filme consegue mover, das mais variadas formas, as pessoas.
O filme de Fred M. Wilcox teve um impacto tal na sociedade que aumentou o número de compra e adoções de cães da raça Collie, a mesma da cadela protagonista. E é aqui que nasce o ‘Efeito Lassie’, defendido este ano num estudo publicado pela revista Science.
De acordo com a investigação, e após a relação de 87 filmes que mostravam cães com os dados do American Kennel Club (associação que contém informação de 65 milhões de cães), foi possível concluir que as pessoas se deixam influenciar pelo que assistem no cinema quando decidem comprar ou adotar um cão. Aconteceu com a raça Collie, por causa de ‘Lassie’, como com tantas outras.
O cruzamento de dados permitiu verificar que os filmes aumentam a popularidade das raças durante cerca de dez anos, fazendo com que, nesse período, o número de adoções ou vendas aumente. Em 1943, por exemplo, o número de registos de cães da raça Collie na associação aumentou 40%.
Embora o ‘Efeito Lassie’ ainda exista nos dias de hoje, a imensidade de oferta de conteúdos – sejam no cinema, na televisão ou mesmo na internet – faz com que a escolha seja mais variada, uma vez que a presença animal é também mais vasta e diversificada.