Milhares regressam às ruas para exigir demissão do governo
Milhares de pessoas regressaram, esta sexta-feira, às ruas da capital do Haiti, Port-au-Prince, para exigir a demissão do Governo e a libertação dos prisioneiros políticos.
© Lusa
Mundo Haiti
Os manifestantes montaram barricadas e queimaram pneus em várias ruas no centro da cidade, paralisando totalmente o trânsito. Contudo, foram impedidas de chegar ao Palácio Nacional por um cordão de segurança imposto pela polícia haitiana.
"Hoje, é uma noite patriótica e permaneceremos aqui até à saída do [presidente] Martelly e do [primeiro-ministro] Lamothe, afirmaram manifestantes, incendiando imagens com a figura dos dois líderes.
Organizadores do protesto anunciaram a sua intenção de regressar hoje às ruas para exigir a demissão de Martelly, que acusam de violar direitos civis, da prática de atos corruptos e de conspirar para evitar a realização de eleições municipais e legislativas.
No final de outubro, a presidência do Haiti anunciou o adiamento das eleições, que têm sido sucessivamente proteladas, desencadeando protestos de milhares de eleitores.
O adiamento foi justificado com a "constante preocupação em garantir a estabilidade política", com a presidência a comprometer-se a realizar a votação "tão cedo quanto possível", sem, no entanto, fixar uma data para as eleições, que já estão com um atraso de três anos.
Os haitianos deviam ter votado no final de outubro para eleger 20 senadores, 102 deputados e os dirigentes municipais.
Esse anúncio de novo adiamento desencadeou protestos na capital, onde milhares de manifestantes exigiram a demissão do Presidente, acusando-o de ser "incapaz de organizar eleições no país".
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