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Ban Ki-moon apela para fim do silêncio das mulheres vítimas de violência

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou hoje ao mundo para "acabar com o silêncio" das mulheres e raparigas que "são vítimas do crime de violência em todos os países e bairros, muitas vezes escondidos".

Ban Ki-moon apela para fim do silêncio das mulheres vítimas de violência
Notícias ao Minuto

06:21 - 25/11/14 por Lusa

Mundo ONU

"Temos que acabar com o silêncio", disse o secretário-geral da ONU na mensagem por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que hoje se assinala.

"A violência sexual e baseada no género é a forma mais extrema da desigualdade global e sistémica vivida pelas mulheres e meninas. Não conhece fronteiras geográficas, socioeconómicas ou culturais. Em todo o mundo, uma em cada três mulheres sofre violência física ou sexual em algum momento da sua vida, seja violação sexual e violência doméstica, assédio no trabalho ou assédio moral na Internet", afirmou.

Um estudo recentemente divulgado pela revista Lancet refere que "uma em cada três mulheres foram vítimas de violência física ou sexual, e que 7% destas vai passar por uma situação idêntica na sua vida".

Hoje, Ban Ki-moon lembrou que, só este ano, o mundo testemunhou casos de sequestro de mais de 200 meninas na Nigéria, de mulheres iraquianas que foram vítimas de violação e escravidão sexual durante o conflito, e de duas estudantes indianas violadas, mortas e penduradas numa árvore naquele país.

Nos Estados Unidos, onde está localizada a sede das Nações Unidas, "tem havido casos notórios de violência sexual em equipas desportivas e 'campus' universitários", exemplificou Ban Ki-moon.

"Todos nós temos a responsabilidade de prevenir e acabar com a violência contra mulheres e meninas, a começar por desafiar a cultura de discriminação que permite a continuação da violência", defendeu.

E acrescentou: "Temos de quebrar os estereótipos de género e atitudes negativas, introduzir e implementar leis para prevenir e acabar com a discriminação e exploração, e protestar contra um comportamento abusivo sempre que o vemos. Temos de condenar todos os atos de violência, estabelecer a igualdade em nosso trabalho e vida doméstica, e mudar a experiência quotidiana de mulheres e meninas".

Numa nota divulgada para assinalar a data, a ONU refere que as ações do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres deste ano, sob o lema "Pinte a sua vizinhança de Laranja" (Orange Your Neighbourhood)", vão "centrar-se num esforço de base para aumentar a consciência" sobre este fenómeno mundial

De acordo com o comunicado da organização, a área à volta da sede das Nações Unidas em Nova Iorque, o edifício do Secretariado e o Empire State Building serão iluminados em tons de laranja, e muitos outros eventos estão planeados em todo o mundo e nas redes sociais.

"Todos nós temos um papel a desempenhar, e eu exorto-vos a desempenhar o vosso. Se ficarmos unidos em casa, na comunidade, em cada país e a nível internacional, podemos combater a discriminação e impunidade e acabar com as mentalidades e costumes que incentivam, ignoram ou toleram a desgraça mundial que é a violência contra mulheres e meninas", afirmou Ban Ki-moon.

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