Se entre a espécie humana o estereótipo aponta para que os machos sejam mais promíscuos do que as fêmeas, no mundo animal há uma espécie que pulveriza esse estereótipo. Tratam-se das abelhas-rainhas, as quais, segundo uma revisão científica levada a cabo por Hector Cabrera-Mireles e de que a BBC dá conta, podem mesmo ser a espécie mais “promiscua” do planeta.
E quem é esta abelha? A espécie é a apis dorsata, uma abelha-rainha de variedade asiática, e análises ao ADN refere que algumas fêmeas desta espécie têm até 53 parceiros. A variedade europeia (a apis mellifera) é um pouco mais ‘conservadora’, com uma média de 20 parceiros diferentes. E atenção: há uma fêmea de besouro mais ativa, que chega aos 60 acasalamentos, mas que tem alguma tendência para a monogamia – a maioria dos acasalamentos era com o mesmo parceiro. Mas voltando à abelha-rainha e à sua lista de pretendentes.
Esta espécie não é ‘promíscua’ à toa. Como realça a BBC, há um lado importante em tudo isto: quanto mais parceiros, maior é a produtividade das abelhas-operárias no seio da colmeia. Além do mais, acredita-se que a diversidade genética na colmeia – fruto de tanto parceiro ‘amoroso’ – contribui para uma maior resistência da espécie a doenças.
Para os machos, a história, por outro lado, é bem menos divertida. Na verdade, o ‘amor’ aqui é quase tragédia. Os machos depositam na abelha-rainha os seus espermatozoides e morrem de seguida. A abelha, por seu lado, armazena os espermatozoides, para os usar ao longo da sua vida.