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MLSTP-PSD encerra campanha com acusações contra oposição

O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) encerrou hoje a campanha eleitoral para as eleições de domingo com um comício marcado por acusações duras contra o candidato da ADI, Patrice Trovoada.

MLSTP-PSD encerra campanha com acusações contra oposição
Notícias ao Minuto

22:26 - 10/10/14 por Lusa

Mundo São Tomé/Eleições

"Este senhor (Patrice Trovoada) está a por em risco tudo aquilo que Manuel Pinto da Costa, o seu pai Miguel Trovoada, Guadalupe de Ceita e outros históricos do MLSTP fizeram para trazer a independência para este país", acusou Pósser da Costa, membro da comissão política do partido no poder.

Antigo presidente do MLSTP e primeiro-ministro, Pósser da Costa, cujas declarações eram ovacionadas permanentemente pela multidão presente, acusou ainda Patrice Trovoada de ser "cidadão estrangeiro".

"Ser são-tomense não é só ter bilhete de identidade, é ser aquele que se ganhar fica em São Tomé e se perder fica em São Tomé. Se não ficar é porque não é são-tomense", acrescentou.

"Eu não conheço nenhum pastor que abandona a cabra no mato e vem dois anos depois saber se a cabra comeu capim ou se morreu, aquele pode ser tudo menos são-tomense", acrescentou.

O comício de encerramento dos sociais-democratas decorreu na histórica Praça da Independência, no centro da capital, aonde acorreram centenas de militantes e simpatizantes do partido.

O presidente do MLSTP-PSD, Jorge Amado, confessou aos militantes que tem andado muito preocupado nos últimos tempos com "algumas movimentações" do candidato da Ação Democrática Independente (ADI).

"Eu estou um pouco preocupado, quase todos nós somos cristãos. Somos católicos, evangelistas, adventistas, Jeovás, mas todos somos cristãos, mas preocupa-nos muito que este país possa vir a ser de Alá 'haha' (uma referência aos muçulmanos mais fundamentalistas e porque Patrice Trovoada é muçulmano)", disse Jorge Amado.

Elsa Pinto, cabeça de lista às legislativas para Água Grande, maior distrito da ilha de São Tomé lembrou por seu lado aos militantes que os seus votos devem servir para "proteger os são-tomenses, os empresários e comerciantes são-tomenses".

Antiga ministra da Defesa Nacional, da Justiça e Administração Pública e Reforma Administrativa e secretária-geral adjunta da organização das Mulheres Sociais-Democratas (MSD), Elsa Pinto lembrou que o seu partido "trouxe a independência do país, formou o maior número de quadros do arquipélago e trouxe a educação", apelando ao voto dos pais e encarregados de educação.

"Pedimos aos pais e encarregados de educação para não serem ingratos com o MLSTP-PSD, porque quando está no poder, pensa nos pobres, velhos e mães carenciadas", salientou.

Osvaldo Vaz, candidato a primeiro-ministro, fez o discurso de fecho deste comício e numa linguagem mais moderada lembrou que o seu partido tem a obrigação de conduzir o país ao progresso.

"É preciso dar emprego aos jovens, se os jovens não trabalharem e produzirem riqueza este país não desenvolve, é preciso aumentar a pensão de reforma, cuidar dos velhos, mães carenciadas", disse Osvaldo Vaz que prometeu "melhor distribuição da riqueza" e deu garantia de "melhor educação".

Adjani Ramos, uma jovem de 30 anos, garantiu que o seu voto "será para o MLSTP" porque a sua mãe é militante deste partido e ensinou-a que "não há outro que preste".

Orsénio Costa, 20 anos, aluno do 12.º ano, questionado sobre o seu sentido de voto, respondeu com uma sigla: MLSTP-PSD.

"Apesar de ser muito jovem, tenho consciência e noção das coisas. A minha consciência diz-me que o MLSTP-PSD me dá maior garantia de liberdade e de futuro, de resto tenho ouvido coisas muito más sobre o Sr. Patrice Trovoada", disse.

Cerca de meia dúzia de cantores nacionais acompanhados por bailarinas animaram o comício a partir do palco, onde se encontravam dezenas de dirigentes do MLSTP-PSD, todos convencidos de que serão vencedores do escrutínio de domingo.

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