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Trump corta ajuda à Colômbia, que acusa de não combater narcotráfico

O Presidente dos Estados Unidos anunciou hoje o fim da ajuda financeira dos EUA a Bogotá, acusando o homólogo colombiano de não combater o narcotráfico no país, o que Gustavo Petro já negou.

Trump corta ajuda à Colômbia, que acusa de não combater narcotráfico

© ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images

Lusa
19/10/2025 19:14 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

EUA

"A partir de hoje, estes pagamentos ou qualquer outra forma de pagamentos ou ajudas não serão mais efetuados" à Colômbia, escreveu Donald Trump na sua rede Truth Social, sem especificar de que ajudas se tratava.

 

Gustavo Petro "não faz nada para impedir" a produção de drogas, afirmou, acusando o Presidente colombiano de ser um "barão da droga que incentiva fortemente a produção maciça de estupefacientes" no país latino-americano.

Petro já respondeu e afirmou que Trump "está enganado" por o considerar o chefe de Estado colombiano "um líder do narcotráfico", assinalando ter denunciado as máfias do tráfico de drogas ao longo da carreira.

"O principal inimigo do narcotráfico na Colômbia, no século XXI, foi aquele que descobriu as relações com o poder político da Colômbia. Esse inimigo fui eu", escreveu Petro na rede social X, depois de Trump ter anunciado que ia cortar a ajuda financeira à Colômbia pela inação na luta contra o narcotráfico.

"Recomendo a Trump que olhe bem para a Colômbia e determine onde estão os narcotraficantes e onde estão os democratas", acrescentou Petro.

A Colômbia é o país da América do Sul que recebe mais ajuda financeira dos Estados Unidos, de acordo com dados do governo norte-americano, com mais de 740 milhões de dólares (cerca de 63,64 milhões de euros) pagos em 2023, último ano para o qual existem dados completos disponíveis.

Metade desses pagamentos é destinada à luta contra a droga. O restante apoia, nomeadamente, programas humanitários e alimentares.

Até setembro, Bogotá era considerada um dos 20 parceiros antidrogas dos Estados Unidos, o que lhe permitia receber importantes pagamentos financeiros.

A Casa Branca revogou esse estatuto, invocando uma "produção recorde" de cocaína e "tentativas fracassadas" de negociações com "grupos narcoterroristas".

A Colômbia é o maior produtor mundial de cocaína, com um recorde de 2.600 toneladas em 2023, ou seja, 53% a mais que no ano anterior, de acordo com a ONU.

O chefe das forças armadas colombianas afirmou em setembro à agência de notícias France-Presse que Bogotá vai continuar a lutar contra o narcotráfico, mesmo sem o apoio dos Estados Unidos.

O país sul-americano, mergulhado numa guerra civil há mais de meio século entre guerrilheiros, narcotraficantes e forças governamentais, está a viver a pior crise de segurança da última década, com grupos armados a lucrar com as receitas do tráfico de droga.

Petro tentou relançar as negociações de paz com a maioria desses grupos, seis anos depois do acordo histórico de desarmamento da ex-guerrilha FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), mas a maioria fracassou ou está num impasse.

Leia Também: Coroado e de espada na mão, Trump responde a protestos 'No Kings'

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