"As equipas, incluindo os médicos legistas e a equipa de laboratório do Centro Nacional de Medicina Legal, estão preparadas para responder o mais rapidamente possível, mantendo o máximo sigilo quanto às informações partilhadas com as famílias", disse a porta-voz do Ministério da Saúde de Israel, Shira Solomon.
O centro forense vai reunir-se com as famílias dos reféns para as informar sobre o progresso dos trabalhos de identificação.
O Ministério da Saúde pediu respeito pela privacidade das famílias.
O exército de Israel já tinha confirmado que o Hamas entregou ao Comité Internacional da Cruz Vermelha os corpos de dois reféns israelitas mortos em Gaza, elevando para 12 o número de reféns cujos restos mortais foram devolvidos.
A entrega ocorreu na noite de sábado.
O grupo islamita já tinha entregado, na última semana, os restos mortais de 10 dos 28 reféns mortos que ainda permaneciam em Gaza.
A devolução é uma das condições do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e apoiado pelo Egito, que visa pôr fim a dois anos de guerra entre Israel e o Hamas.
No sábado, Israel condicionou a reabertura da passagem fronteiriça de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito - crucial para a entrada de ajuda humanitária - à entrega de todos os corpos e ao cumprimento integral do acordo.
"A reabertura será considerada com base no cumprimento das obrigações do Hamas em relação à devolução dos reféns e dos corpos dos mortos", informou o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O Hamas afirmou, por sua vez, que o processo de recuperação dos restos mortais foi dificultado pela devastação provocada pela guerra, pela presença de engenhos explosivos não detonados e pelo controlo militar israelita de parte do território.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) têm também devolvido corpos de palestinianos não identificados, apenas numerados, levando o Ministério da Saúde de Gaza a divulgar fotografias dos cadáveres, na esperança de que as famílias consigam reconhecê-los.
O cessar-fogo prevê ainda o aumento do fluxo de ajuda humanitária, muito limitada desde o início da guerra.
Dados das Nações Unidas indicam que 339 camiões de ajuda foram descarregados desde o início da trégua, muito abaixo dos cerca de 600 por dia previstos no acordo.
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