"Começaram os trabalhos para reparar as linhas elétricas" em torno do local, escreveu o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, na rede social X.
O início das reparações foi anunciado na quarta-feira pela agência sediada em Viena, na Áustria, numa tentativa de pressionar uma "situação insustentável".
A maior central nuclear da Europa está ocupada desde março de 2022 pelas forças russas.
A 23 de setembro, perdeu a ligação à rede pela décima vez, sendo esta a mais longa interrupção total do fornecimento elétrico externo desde o início da invasão russa da Ucrânia.
Work has begun to repair damaged off-site power lines to ZNPP after 4-week outage, following establishment of local ceasefire zones to allow work to proceed, DG @rafaelmgrossi said. Restoration of off-site power is crucial for nuclear safety and security. Both sides engaged… pic.twitter.com/7WAnXUVNmZ
— IAEA - International Atomic Energy Agency ️ (@iaeaorg) October 18, 2025
A AIEA indicou que a central é agora alimentada por sete geradores de emergência a gasóleo e são necessárias reparações nas linhas elétricas em ambos os lados da linha da frente, a vários quilómetros do local.
A agência da ONU não especificou quanto tempo durarão os trabalhos nem quando a energia será totalmente restabelecida.
Segundo a AIEA, a segurança continua assegurada, com o combustível dos seis reatores desligados a continuar a ser arrefecido eficazmente e o nível de radioatividade mantido normal.
Localizada perto da cidade de Energodar, ao longo do rio Dnieper, a central nuclear fica próxima da linha da frente.
Antes da guerra, os seis reatores produziam cerca de um quinto da eletricidade da Ucrânia, tendo sido desligados após a tomada de controlo por Moscovo.
A central precisa de eletricidade para manter os sistemas de refrigeração, que impedem um acidente nuclear.
No início de outubro, Moscovo afirmou que a situação estava "sob controlo" em Zaporijia, após declarações alarmantes do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Moscovo e Kyiv acusaram-se mutuamente várias vezes de arriscar uma catástrofe nuclear ao atacar o local.
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