O debate sobre esta matéria acontece na terça-feira, durante o qual os eurodeputados irão debater o acordo impulsionado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e como o bloco europeu dos 27 pode ajudar na sua aplicação gradual.
Ao saudar o acordo de paz para a Faixa de Gaza oficializado na segunda-feira durante uma cimeira em Sharm el-Sheikh, no Egito, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, afirmou que a União Europeia (UE) está pronta para auxiliar na sua aplicação.
Já a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salientou a importância de prestar apoio à governação e à reforma da Autoridade Palestiniana.
Numa declaração na sequência da sua participação na cimeira de Sharm el-Sheikh, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que a UE está pronta a participar no Conselho Internacional para a Paz (que será liderado e presidido por Trump) e a apoiar a governação transitória, a recuperação e a reconstrução.
Desde o anúncio do acordo de paz e a entrada em vigor do cessar-fogo, no dia 10 de outubro, os 20 reféns israelitas vivos que ainda permaneciam na Faixa de Gaza foram libertados em troca de cerca de 2.000 palestinianos detidos por Israel.
Também foram devolvidos nove dos 28 corpos de reféns que ainda estão na posse do grupo extremista Hamas. Em troca, Israel entregou os corpos de 120 palestinianos.
Os principais aspetos do plano de paz, como o desarmamento do Hamas, a retirada do exército de Israel e a futura governação de Gaza, ainda estão por clarificar e deverão ser discutidos durante as negociações da segunda fase do cessar-fogo.
Na semana em que os líderes dos 27 se reúnem em cimeira, na quinta-feira, a agenda da sessão plenária engloba também um debate, na terça-feira, sobre uma proposta de "empréstimo de reparação" - uma iniciativa que poderá desbloquear 185 mil milhões de euros em ativos congelados na UE do Banco Central da Rússia para financiar a reconstrução e a defesa da Ucrânia.
Na quarta-feira, a reunião do Conselho Europeu volta a estar em debate no Parlamento Europeu, nomeadamente para discutir a forma como a UE pode continuar a apoiar a Ucrânia contra a agressão da Rússia, e para responder aos recentes acontecimentos no Médio Oriente.
Nesta segunda sessão do mês - o Parlamento Europeu tem de se reunir 12 vezes por ano e fecha em agosto, compensando em outubro - os eurodeputados vão debater o programa de trabalho de 2026 da Comissão Europeia.
No que diz respeito a votações durante a sessão plenária, será escolhido o vencedor do prémio Sakharov para a liberdade de pensamento entre os três finalistas já conhecidos - jornalistas da Geórgia e da Bielorrússia presos, jornalistas e trabalhadores da ajuda humanitária em zonas em conflito e estudantes sérvios -, será adotada uma posição sobre o orçamento comunitário para 2026 e serão atualizadas as regras sobre cartas de condução no espaço comunitário.
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