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Governo Trump pede ao Supremo que autorize o envio de tropas para Chicago

O governo de Donald Trump solicitou hoje ao Supremo Tribunal norte-americano que autorize o envio de tropas da Guarda Nacional para a região de Chicago, após decisões contrárias em tribunais inferiores e rejeição pelas autoridades democratas locais.

Governo Trump pede ao Supremo que autorize o envio de tropas para Chicago

© Aaron Schwartz/Sipa/Bloomberg via Getty Images

Lusa
18/10/2025 00:15 ‧ há 1 dia por Lusa

Mundo

EUA

Através do Departamento de Justiça, o Presidente apresentou um recurso de emergência ao Supremo Tribunal pedindo a revogação de ordens judiciais inferiores impedindo o destacamento, argumentando que este é necessário para "evitar riscos para a vida dos agentes federais", segundo media norte-americanos.

 

Trump procura destacar no Illinois, estado onde se situa Chicago, aproximadamente 200 soldados da Guarda Nacional do Texas, para reforçar um centro de processamento do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), onde se reúnem regularmente manifestantes e se têm registado confrontos.

Desde que o Presidente assumiu o cargo em janeiro, o mais alto tribunal do país, dominado pelos conservadores, concedeu a Trump repetidas vitórias em recursos de emergência, depois de decisões contrárias em tribunais inferiores e, muitas vezes, apesar da objeção dos três juízes liberais.  

Um tribunal de recurso federal confirmou quinta-feira uma decisão que mantém a proibição do envio para Chicago de tropas da Guarda Nacional.

Rejeitando o recurso apresentado pelo governo, o tribunal de recurso decidiu que não ficou provado que as condições na cidade do estado de Illinois, a terceira maior dos Estados Unidos, justificavam o envio de militares.

Na semana passada, a juíza federal April Perry bloqueou temporariamente o envio dos militares, que partiram do Texas, um estado governado por um republicano conservador, Greg Abbott, aliado de Donald Trump.

A juíza justificou a sua decisão com o facto de não ter encontrado "qualquer prova credível de que exista perigo de rebelião no estado do Illinois", argumento com o qual os representantes do Departamento de Justiça tentaram justificar o envio das tropas.

No sábado, um outro tribunal de recurso já havia sustentado esta decisão, embora permitindo que as tropas estaduais continuem sob controlo federal.

A decisão também deu luz verde para que os soldados permaneçam no estado do Illinois, enquanto a ação inicial --- apresentada pelos líderes democratas do estado e da cidade --- decorre num tribunal de primeira instância.

Após a decisão ter sido conhecida, o governador do Illinois, o democrata J.B.Pritzker, escreveu na rede social X: "Donald Trump não é um rei e a sua administração não está acima da lei. Hoje, um tribunal confirmou o que já todos sabíamos".

Desde agosto, Trump enviou forças federais, como agentes da Patrulha da Fronteira e da Guarda Nacional, para várias cidades sob o pretexto de elevados índices de criminalidade e deu prioridade à detenção de migrantes indocumentados.

O plano de Trump tem-se centrado em Chicago desde 06 de setembro, com a Operação Midway Biltz, liderada pela Patrulha da Fronteira, como parte de uma campanha para deportar migrantes em grande número.

A iniciativa resultou na detenção de mais de 1.500 pessoas, revelou na segunda-feira o Departamento de Segurança Interna (DHS).

Donald Trump tem defendido o uso das tropas federais para conter o que descreveu como "criminalidade galopante" nas grandes cidades, mas enfrenta resistência judicial e política de vários estados, que classificaram as medidas como ilegais e excessivas.

Depois de já ter destacado tropas, com argumentos semelhantes, para outras três cidades - Los Angeles, Washington DC e Memphis, todas governadas por democratas - na quarta-feira, o Presidente norte-americano sugeriu que a próxima cidade onde as forças federais e a Guarda Nacional poderiam chegar é São Francisco. 

Uma juíza federal prorrogou na quarta-feira uma ordem temporária que impede a administração Trump de enviar a Guarda Nacional para Portland, também governada por democratas.

Karin Immergut prorrogou a ordem por catorze dias, alegando a necessidade de dar tempo ao tribunal e aos juízes de recurso para analisarem o caso. 

A administração Trump insiste que Portland está atolada em violência devido aos protestos em frente às instalações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e ameaça enviar mais agentes federais para a controlar.

O Pentágono mantém 200 soldados da Guarda Nacional do Oregon em serviço ativo, mas não foram mobilizados devido a uma ordem judicial emitida por Immergut, nomeada por Trump. 

Trump chegou a ameaçar usar a antiga Lei da Insurreição, que remonta ao século XIX e permite ao poder executivo, entre outras coisas, reprimir protestos e tumultos.

Leia Também: Trump considera interessante a ideia russa de um tunel a ligar ao Alasca

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