"Ele [Nicolás Maduro] colocou tudo em cima da mesa. (...) Sabe porquê? Porque ele não quer brincar com os Estados Unidos", afirmou Donald Trump a partir da Casa Branca, em resposta à pergunta de um jornalista que sugeria que Caracas teria até proposto colocar alguns dos seus recursos naturais na balança.
Pouco antes, o presidente republicano revelou que um "submarino transportando droga" tinha sido o alvo de um dos ataques americanos realizados recentemente na região das Caraíbas.
"Nós atacámos um submarino, e era um submarino que transportava droga, construído especificamente para transportar enormes quantidades de droga", afirmou, Donald Trump após uma pergunta sobre a existência de sobreviventes relatados na imprensa americana.
"Não se tratava de um grupo de pessoas inocentes", insistiu o presidente americano. "É sabido que uma operação contra o narcoterrorismo conduzida pelos Estados Unidos está em curso", comentou o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, ao seu lado, sem confirmar neste momento que alguns indivíduos tenham sobrevivido aos ataques americanos, mas prometendo "muito em breve" detalhes.
Washington mobilizou meios militares significativos - incluindo sete navios e aviões de combate furtivos - no que apresenta como uma luta contra o tráfico de drogas nas Caraíbas, tendo realizado pelo menos seis ataques desde o início de setembro.
Pelo menos 27 pessoas foram mortas durante esses ataques. A sua legalidade, em águas estrangeiras ou internacionais, contra suspeitos que não foram intercetados nem interrogados, é debatida.
Washington acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o seu governo de estarem à frente de uma vasta organização de tráfico de drogas para os Estados Unidos.
Caracas nega veementemente e acusa Washington de usar o tráfico de droga como pretexto "para impor uma mudança de regime" na Venezuela e apoderar-se das importantes reservas de petróleo do país.
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