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Pelo menos 10 civis mortos em novos ataques do Paquistão ao Afeganistão

Pelo menos 10 pessoas foram mortas e outras 12 ficaram feridas na sequência de um ataque paquistanês a Paktika, uma província fronteiriça afegã, disse hoje um funcionário do hospital da região.

Pelo menos 10 civis mortos em novos ataques do Paquistão ao Afeganistão

© Haroon Sabawoon/Anadolu via Getty Images

Lusa
17/10/2025 21:53 ‧ há 2 dias por Lusa

"No ataque aéreo ao distrito de Arghun, 10 civis foram mortos e outros 12 ficaram feridos", afirmou à agência de notícias France-Presse (AFP) sob condição de anonimato, acrescentando que duas crianças estavam entre as vítimas mortais.

 

De acordo com a mesma agência, um funcionário da associação afegã de críquete informou que oito jogadores deste desporto foram mortos nos ataques.

"Recebemos informações do nosso gabinete provincial em Paktika de que oito jogadores de uma equipa de críquete que se deslocava para um torneio e estava alojada num albergue foram mortos no ataque aéreo desta noite", disse o funcionário, depois de Cabul ter acusado o Paquistão de retomar os ataques em território afegão.

Segundo as autoridades talibãs, que regressaram ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, Islamabad quebrou o cessar-fogo que tinha trazido calma à fronteira durante dois dias após confrontos mortais.

Quando a trégua foi anunciada, na quarta-feira, Islamabad disse que duraria 48 horas, mas o Afeganistão afirmou que estaria em vigor até ser violada pela outra parte.

"Há alguns minutos, o Paquistão quebrou o cessar-fogo e bombardeou três localidades (na província fronteiriça de) Paktika", disse à AFP um alto responsável talibã sob condição de anonimato, prometendo que Cabul iria "retaliar".

Anteriormente, o porta-voz do Governo talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que o executivo dos fundamentalistas islâmicos tinha dito aos soldados que não atacassem "a menos que as forças paquistanesas o façam".

"Se o fizerem, têm todo o direito de defender o vosso país", avançou.

Numa entrevista ao canal de televisão afegão Ariana, afirmou que "negociações" poderiam "resolver os problemas", mas não fez qualquer referência a conversações com o vizinho Paquistão.

Às 18:00 locais (14:00 em Lisboa), hora a que terminou a trégua segundo Islamabad, nenhuma das partes tinha mencionado o seu prolongamento, nem anunciado oficialmente qualquer discussão bilateral sobre o assunto.

"Vamos esperar pelas 48 horas e ver se o cessar-fogo se mantém", disse Shafqat Ali Khan, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês, durante hoje à tarde, garantindo que estava "a tentar trabalhar através dos canais diplomáticos para o tornar sustentável".

De acordo com a agência de notícias espanhola Europa Press, que cita a agência afegã Tolo News, negociadores talibãs tinham confirmado uma prorrogação de 48 horas do cessar-fogo, acrescentando que a delegação do movimento fundamentalista, liderada pelo ministro da Defesa, Mohamad Yaqub Mujahid, deslocar-se-á no sábado até à capital do Qatar para negociações.

Já a delegação paquistanesa, que inclui também o ministro da Defesa, o chefe dos serviços secretos e o chefe do Estado-maior do exército, já se encontra em Doha.

Leia Também: Paquistão e Afeganistão prolongam cessar-fogo apesar de relatos de ataques

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