Uma companhia aérea taiwanesa enviou uma mensagem para uma funcionária morta a pedir a sua licença de baixa médica. Entretanto, já veio desculpar-se publicamente, dizendo que foi um equívoco.
A comissária da companhia Eva Air, de 34 anos, morreu no início do mês de outubro, depois de se sentir mal durante um voo e ter sido hospitalizada. Dias depois, a companhia enviou uma mensagem de texto a pedir o documento que provava que tinha pedido baixa médica durante o seu internamento.
De acordo com a BBC, Sun ter-se-á sentido mal no dia 24 de setembro durante um voo de Milão para a cidade de Taoyuan, em Taiwan. Ao aterrar, a mulher foi hospitalizada, acabando por morrer no dia 8 de outubro.
Nas redes sociais, através de perfis anónimos, vários internautas alegaram ser colegas da hospedeira de bordo e denunciaram que Sun foi pressionada a trabalhar mesmo não se sentindo bem.
O hospital onde a mulher faleceu, note-se, não revelou quais as causas da morte. Por sua vez, de acordo com uma agência de notícias taiwanesa, os registos de voo dos últimos seis meses mostraram que Sun voou em média 75 horas por mês, o que está dentro dos limites permitidos.
Conta a família que, dias após a morte de Sun, ao seu telefone chegou uma mensagem de texto de um representante da Eva Air, onde solicitava que a mulher enviasse uma fotografia com os documentos que comprovavam a sua baixa médica.
A família decidiu então enviar uma fotografia da certidão de óbito.
A companhia aérea, através de altos funcionários, veio desculpar-se, dizendo que se tratou de "um erro de um funcionário".
"A morte da sra. Sun é uma dor eterna nos nossos corações", disse o presidente da Eva Air, Sun Chia-Ming, acrescentando que será realizada uma "investigação".
Em declarações à BBC, a companhia aérea revelou ter mantido contacto com a família da hospedeira de bordo e que estava "profundamente triste" com a morte de Sun.
A companhia Eva Air já foi multada sete vezes, desde 2013, por infrações relacionadas com funcionários que trabalhavam horas extra.
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