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Grande cerimónia em Paris 10 anos após atentados de novembro de 2015

Dez anos após os atentados de 13 de novembro de 2015, que fizeram 130 mortos em Paris, a capital francesa anunciou uma grande cerimónia no novo jardim memorial, com a presença do Presidente, Emmanuel Macron.

Grande cerimónia em Paris 10 anos após atentados de novembro de 2015

© Reuters

Lusa
17/10/2025 19:25 ‧ há 18 horas por Lusa

Mundo

Paris

"Este ano, queríamos uma cerimónia que englobasse as tradicionais homenagens nos vários locais dos ataques, num único local, para mostrar que Paris não é uma cidade como as outras e está sempre a superar-se", declarou hoje a presidente da câmara socialista, Anne Hidalgo, numa conferência de imprensa.

 

A 13 de novembro, as homenagens às vítimas - 130 mortos e mais de 350 feridos - serão concluídas no "jardim da memória", em frente à Câmara Municipal, que será oficialmente inaugurado na presença do chefe de Estado, que proferirá um discurso.

Já aberto ao público, este jardim, concebido pelo arquiteto-paisagista francês Gilles Clément, é um recinto de pedra de onde emergem blocos de granito, evocando os seis locais dos atentados, com os nomes das vítimas neles gravados e, no chão, um mapa das ruas.

Elementos minerais e vegetais misturam-se "para mostrar que todos os anos a vida renasce", salientou Philippe Duperron, presidente de uma das duas associações de vítimas, a 13Onze15, que contribuiu para a criação do local.

As associações de vítimas escolheram este "sítio neutro" no coração de Paris, que não foi afetado pelos atentados, para evitar "qualquer desequilíbrio", explicou Amélie Farcette, gestora de projetos do departamento de ordenamento urbano da Câmara Municipal.

A direção artística da cerimónia foi confiada ao maestro Thierry Reboul, juntamente com Thomas Jolly, responsável pela cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, no Rio Sena.

"Pensámos numa cerimónia que refletisse sobre os mortos, os vivos, mas também sobre o que torna a nossa democracia grandiosa, com um momento coletivo que recordasse o que vivemos nos Jogos Olímpicos", afirmou Arthur Dénouveaux, presidente da associação Life For Paris.

O tema central da celebração será a música, em homenagem ao "sentido de festa" que os atentados tomaram como alvo, segundo Thierry Reboul, e o destaque será para um requiem do compositor francês Victor Le Masne.

Na noite de 13 de novembro de 2015, dois suicidas envergando coletes com explosivos detonaram-nos junto ao Stade de France, onde decorria um jogo entre as seleções de futebol francesa e inglesa, ao qual assistiam milhares de pessoas, entre as quais o então Presidente francês, François Hollande.

O chefe de Estado foi de imediato retirado do local pelo seu dispositivo de segurança, ao passo que os espetadores foram encaminhados para o relvado do estádio, enquanto se aguardavam mais informações sobre o que estava a acontecer.

Ao mesmo tempo, terroristas abriram fogo de metralhadoras nas esplanadas de dois restaurantes parisienses que estavam cheios, à hora do jantar, numa das zonas mais movimentadas da cidade.

Os mesmos homens dispararam indiscriminadamente, pouco depois, sobre as pessoas que se encontravam noutros dois restaurantes, em zonas igualmente movimentadas da capital francesa, e puseram-se em fuga num veículo com matrícula belga.

Dirigiram-se, em seguida, à sala de espetáculos Bataclan, onde decorria um concerto de uma banda norte-americana, e também aí abriram fogo sobre a audiência.

A maior parte do público conseguiu escapar, mas os terroristas ainda mantiveram cerca de 80 reféns e, entretanto, um terceiro bombista-suicida causava mais uma explosão junto ao Stade de France, em Saint Denis.

A polícia cercou o Bataclan, preparando-se para invadir o local e libertar os reféns, ao aperceber-se da impossibilidade de qualquer negociação, mas quando os terroristas viram que a invasão estava iminente, fizeram também explodir os seus coletes de explosivos, matando todos quantos se encontravam no interior da sala de espetáculos.

No dia seguinte, 14 de novembro, o grupo 'jihadista' Estado Islâmico reivindicou os ataques - os mais mortais ocorridos em França desde a Segunda Guerra Mundial.

Leia Também: Trump quer deixar marca em Washington com arco à semelhança do de Paris

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