A morte de Isak Andic, fundador da Mango, sofreu uma reviravolta na quarta-feira. Até então acreditava-se que a queda de uma altura de 150 metros durante uma caminhada numa zona de montanha, em Barcelona, tinha sido acidental. Entretanto, foi tornado público que o filho de Andic, Jonathan é um possível suspeito.
Sabe-se agora que os Mossos d'Esquadra têm estado a investigar o incidente como um possível homicídio, depois de o caso ter sido reaberto devido a incoerências no depoimento de Jonathan Andic.
Jonathan, note-se, estava com o pai no momento em que o empresário de 71 anos perdeu a vida.
Conta a Telecinco que, segundo a versão inicial de Jonathan, Isak escorregou acidentalmente num dos trilhos e caiu no 'vazio'. A hipótese de morte acidental foi sustentada durante várias semanas e o caso acabou por ser arquivado em janeiro de 2025, uma vez que não foram encontrados indícios de crime.
No entanto, fontes próximas da investigação revelaram que os Mossos d'Esquadra nunca encerraram efetivamente o caso. Assim, durante os meses seguintes, o grupo de homicídios continuou a recolher informações, a verificar evidências e analisou o movimentos de Isak e Jonathan durante o dia 14 de dezembro de 2024 - dia em que morreu o empresário.
Em setembro, a juíza de instrução decidiu reabrir o caso após surgirem novas evidências que davam conta de contradições relevantes no depoimento de Jonathan Andic.
O filho do fundador da Mango tornou-se um possível suspeito depois de terem sido detetadas discrepâncias no seu depoimento. Também várias testemunhas indicaram que pai e filho tinham um relacionamento tenso há vários meses devido a desentendimentos quanto à gestão da empresa e a questões familiares.
Por sua vez, a companheira do empresário, Estefanía Knuth, terá confirmado que Isak e Jonathan tinham uma má relação.
A investigação, que se encontra em sigilo absoluto, irá continuar, uma vez que há novos dados para analisar, assim como dispositivos eletrónicos e o equipamento usado durante a caminhada.
Família de fundador da Mango diz que filho "é inocente"
A família de Isak Andic, fundador da Mango que morreu há quase um ano, acredita que o filho, que se encontrava com o homem no momento em que este caiu de um penhasco, está inocente.
Segundo um comunicado emitido, e citado pela Reuters, a família "continuará a cooperar, como tem feito até agora, com as autoridades competentes".
"Além disso, confia que este processo será concluído o mais breve possível e que a inocência de Jonathan Andic será comprovada", remata a nota.
O que aconteceu no dia 14 de dezembro de 2024?
O fundador da Mango, Isak Andic, morreu, aos 71 anos, enquanto fazia uma caminhada com a família numa zona de montanha em Barcelona. O homem caiu de uma altura de 150 metros e não resistiu.
A queda terá acontecido pouco depois das 12h00 (13h00 em Lisboa), hora a que o filho ligou para o 112.
"É com profundo pesar que anunciamos a morte súbita de Isak Andic, nosso presidente não-executivo e fundador da Mango, num acidente ocorrido neste sábado", afirmou na altura Toni Ruiz, diretor-executivo da empresa, em comunicado.
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