De acordo com o ministro dos Transportes de Angola, Ricardo de Abreu, o setor que dirige adotou formalmente, desde 2018, uma abordagem integrada, estruturada e orientada para o desenvolvimento sustentado, o que permitiu consolidar o transporte como motor de progresso económico e social do país.
"Esta estratégia do setor "permitiu igualmente conectar eficientemente as diferentes regiões do país e posicionar Angola de forma competitiva e integrada no continente e no mundo", afirmou hoje o governante na abertura da primeira edição do "Angola Hub Transporte e Logística Summit 2025".
O transporte "deixou de ser apenas um serviço ou um instrumento de sobrevivência. Transformou-se num elemento estratégico de transformação, sinalizando a capacidade de o país transformar desafios históricos em oportunidades reais do futuro", referiu.
Com as ações e transformações registadas no setor, quer nos domínios regulatórios, como de investimentos e parcerias, Ricardo de Abreu sinalizou que "Angola não é apenas um ponto no mapa", garantindo que o país "é cada vez mais um ponto de viragem no futuro logístico de África".
Segundo o governante angolano, a cimeira que se iniciou hoje em Luanda e decorre até no domingo, nasce com a missão clara de afirmar cada vez mais Angola como um "hub" aéreo, marítimo, portuário e ferroviário.
O país tem potencialidades para "ligar África e o mundo", consolidar a soberania, "impulsionar crescimento económico e projetar o país com frequência continental neste setor de atividade", assinalou o ministro angolano, referindo que Angola registou um dos maiores processos de reconstrução de infraestruturas do continente africano.
Para Ricardo de Abreu, as atividades desenvolvidas pelo setor ao longo dos anos "evidencia que os transportes em Angola não são apenas hoje uma questão de mobilidade", mas "um reflexo da capacidade de o país planear e implementar soluções estruturadas a longo prazo".
Considerou tratar-se também de capacidade de alinhar infraestruturas, estratégia e visão, de garantir financiamento e de assegurar que cada investimento no setor contribui para a criação de riqueza, para progresso coletivo e para o reforço da identidade nacional.
As concessões portuárias, o Corredor do Lobito -- "que fortaleceu a posição geoestratégica de Angola a nível regional e que mudou em definitivo a forma como as grandes potências económicas mundiais passara a olhar para Angola" -- e a criação de órgãos reguladores foram ainda destacadas por Ricardo de Abreu.
O setor dos transportes "é hoje um verdadeiro e relevante motor de crescimento económico e da integração regional", com projetos que elevam Angola a um novo patamar, destacando ainda a construção e operacionalização do Aeroporto Internacional António Agostinho Neto.
A nova infraestrutura aeroportuária, que a partir de domingo começa a receber voos internacionais da transportadora aérea angolana TAAG, "é hoje a porta de Angola para o mundo, que consolida o país como mapa aéreo regional, atraindo investimentos, conectando pessoas e mercadorias e projetando a imagem do país internacionalmente", rematou.
O "Angola Hub Transporte e Logística Summit 2025", plataforma de diálogo, negócios, exposições e cooperação, nomeadamente da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), congrega ainda mais de 100 empresas angolanas e internacionais e 24 'startups' da região.
O evento, organizado pelo Governo de Angola, decorre sob o lema "Conectando Oportunidades, Gerando Valor Global".
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