"Acompanhamos de perto o que está a acontecer em Madagáscar", disse a mesma fonte, na conferência de imprensa diária, apelando ao diálogo entre todas as partes.
O coronel Michael Randrianirina tomou hoje posse como Presidente de Madagáscar, poucos dias após a tomada do poder pela sua unidade militar, que levou o ex-líder Andry Rajoelina a fugir.
Randrianirina, 51 anos, chefe de uma unidade do exército, a CAPSAT, que se amotinou e se juntou aos manifestantes antigovernamentais no fim de semana passado, anunciou a tomada do poder pelos militares na terça-feira, após a destituição de Rajoelina pelo parlamento.
A destituição de Rajoelina seguiu-se a várias semanas de contestação nas ruas, primeiro pelas condições de vida, e depois com exigências políticas dos manifestantes.
A União Africana suspendeu Madagáscar de todas as suas atividades até ao restabelecimento da ordem constitucional, e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que também enviará uma missão técnica ao país, expressou a sua preocupação com o golpe, que classificou como uma "grave ameaça" à estabilidade regional.
Madagáscar sofreu três golpes anteriores, em 1972, 1975 e 2009, este último também com a participação da CAPSAT, que levou ao poder o próprio Rajoelina, então líder da transição e agora derrubado pelo mesmo corpo militar de elite.
A ilha de Madagáscar está localizada no Oceano Índico, perto de Moçambique.
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