O Ministério da Saúde informou que uma pessoa morreu no distrito de Baalbek (leste), enquanto seis pessoas ficaram feridas em Nabatié (sul) bem como uma outra no distrito de Sidon (oeste), de acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícias libanesa NNA.
Por outro lado, o exército israelita informou que atacou hoje a "infraestrutura terrorista subterrânea" do Hezbollah no Líbano, tanto no leste (no vale de Bekaa) como no sul do país, apesar do acordo de cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024.
"A organização terrorista Hezbollah continua as suas tentativas de reconstruir infraestruturas terroristas em todo o Estado libanês, o que constitui uma violação dos acordos", argumentou, através de um breve comunicado publicado no seu perfil na rede social X.
Por sua vez, ao longo do dia, os Estados Unidos elogiaram o Exército do Líbano pelos seus esforços para melhorar a segurança no país, em detrimento do Hezbollah, e reafirmaram o seu compromisso em ajudar Beirute a desarmar a milícia.
O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) aplaudiu que as Forças Armadas do Líbano tenham "retirado com sucesso quase 10.000 roquetes, quase 400 mísseis e mais de 205.000 fragmentos de munições não detonadas durante o último ano".
"Os nossos parceiros libaneses continuam a liderar o caminho para garantir o sucesso do desarmamento do Hezbollah. Mantemos o compromisso de apoiar os esforços do Exército do Líbano no seu incansável trabalho de reforço da segurança regional", declarou o comandante do CENTCOM, Brad Cooper.
O principal representante militar norte-americano no Líbano, Joseph Clearfield, que é o presidente do mecanismo de supervisão da aplicação dos compromissos assumidos entre as partes, assegurou que está a trabalhar juntamente com a França e a missão de paz das Nações Unidas para o Líbano (FINUL) "para garantir o sucesso do quadro de cessar-fogo".
As suas declarações surgem um dia depois de altos líderes militares da ONU, dos Estados Unidos, da França e do Líbano se reunirem em Naqura para "alinhar as prioridades para manter o cessar-fogo no sul do Líbano e o desarmamento do Hezbollah".
O cessar-fogo, alcançado após meses de combates na sequência dos ataques de 07 de outubro de 2023, contemplava que tanto Israel como o Hezbollah retirassem as suas forças do sul do Líbano.
No entanto, o Exército israelita manteve cinco postos no território do país vizinho, algo também criticado pelas autoridades libanesas e pelo grupo xiita, que exigem o fim deste destacamento.
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