De acordo com as estatísticas mais recentes do Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF), menos de 50.000 elefantes asiáticos permanecem em estado selvagem em todo o mundo, 60% deles em solo indiano.
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) incluiu-os na sua longa lista de espécies animais ameaçadas.
O estudo publicado na terça-feira pelo Governo indiano identificou um total de 22.446 elefantes na Índia com base no seu ADN, em comparação com 29.964 contados em 2017 através de outro método, um declínio de 25%.
"As ameaças incluem a redução do seu habitat natural, a fragmentação (de manadas) e o aumento de casos de conflito entre elefantes e humanos", pode ler-se no relatório para explicar este declínio.
Os autores enfatizaram o isolamento ou a "rápida dispersão" das manadas, que atribuem, em particular, à expansão das terras dedicadas às plantações de chá e café, à construção de vedações e à redução das áreas florestais.
A distribuição das populações de elefantes indianos representa atualmente apenas 3,5% do seu tamanho histórico, estimaram.
"Reforçar os corredores e as suas ligações, restaurar os habitats naturais, melhorar as estratégias de proteção e reduzir o impacto dos projetos de desenvolvimento são necessários para proteger" a espécie, recomendaram ainda os autores.
O censo foi realizado através da análise de ADN de 21.000 amostras de estrume e de uma rede de armadilhas fotográficas.
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