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Peru. Milhares juntam-se a marchas contra governo do presidente interino

Milhares de pessoas, sobretudo jovens e sindicatos de trabalhadores, participaram em manifestações convocadas em Lima e noutras cidades do Peru contra o Governo do presidente interno José Enrique Jerí, num clima de insegurança e criminalidade.

Peru. Milhares juntam-se a marchas contra governo do presidente interino

© Lusa

Lusa
16/10/2025 03:42 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

Peru

Na quarta-feira, os jovens começaram a marchar de diferentes pontos da capital em direção ao centro histórico para se reunirem na Praça San Martín e seguirem em direção à sede do Congresso, fortemente vigiada por centenas de polícias.

 

Em várias partes de Lima, a mobilização dos manifestantes causou bloqueios de estradas e os transportes públicos foram temporariamente suspensos, disse a Autoridade de Transportes Urbanos de Lima e Callao nas redes sociais.

Os manifestantes transportavam bandeiras e cartazes a rejeitar o Congresso e Jerí, de 38 anos, que assumiu o cargo em 10 de outubro, após o parlamento peruano destituir Dina Boluarte.

Os participantes na marcha lembraram as denúncias de alegados abusos sexuais cometidos por Jerí e denunciaram medidas aprovadas por Boluarte, como iniciativas que podem favorecer grupos criminosos e a reforma do sistema privado de pensões.

Noutras cidades do país, como Huancayo, nos Andes, os manifestantes marcharam com cartazes a pedir a dissolução do Congresso, chamando "violador" a Jerí e declarando: "Este Governo não me representa".

Em Lima, os manifestantes criticaram os partidos com presença parlamentar por terem apoiado Boluarte, apesar de denúncias apresentadas contra a governante após mortes nos protestos de 2022 e 2023, bem como alegadas acusações de corrupção.

A Polícia Nacional do Peru usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que chegaram junto ao Congresso, tentaram derrubar vedações de segurança e atearam fogo perto de centenas de agentes da polícia.

Confrontos ocorreram também em Arequipa, no sul, entre polícias e manifestantes que tentavam entrar na praça principal da cidade, que acolhe o 10.º Congresso Internacional da Língua Espanhola, com a participação do rei Felipe VI de Espanha.

Boluarte, a primeira mulher a liderar o país andino, foi destituída pelo Congresso por "incapacidade moral permanente", após uma série de protestos sociais e a perda de apoio dos partidos de direita.

A destituição foi aprovada com 122 votos a favor, 16 contra e quatro abstenções, de acordo com o relatório parlamentar.

Jerí era presidente do parlamento há poucos meses, depois de ter chegado ao órgão legislativo como deputado suplente nas eleições de 2021, em substituição do ex-presidente Martín Vizcarra (2018-2020), que tinha sido o deputado mais votado, mas não pôde assumir o lugar por ter sido desqualificado pelo parlamento.

A destituição de Boluarte gerou várias reações na comunidade internacional, nomeadamente da Organização dos Estados Americanos, que expressou preocupação com a crise institucional no Peru e apelou ao respeito pelo Estado de Direito e à manutenção da estabilidade democrática.

Leia Também: Estados Unidos expressam apoio a novo líder do Peru

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