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Brasil investiga 156 casos de intoxicação por bebidas adulteradas

O Brasil registou até agora 36 casos confirmados e 156 estão em investigação por intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas, numa altura em que a "curva epidémica" está em "desaceleração", indicaram hoje fontes oficiais.

Brasil investiga 156 casos de intoxicação por bebidas adulteradas

© Lusa

Lusa
15/10/2025 20:26 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Metanol

De acordo com o novo boletim, estão confirmadas cinco mortes, a maioria no estado de São Paulo, havendo ainda 11 mortes em investigação.

 

Citado pela Agência Brasil, o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Edenilo Baltazar Barreira Filho, indicou "uma desaceleração no número de notificações".

"Mas isso não nos faz baixar a guarda, não nos faz dizer que a situação está sob controlo", acrescentou.

Na sexta-feira, as 36 ampolas do antídoto fomepizol doadas por Portugal chegaram a São Paulo, com a entrega a ser realizada pelo cônsul geral de Portugal em São Paulo, António Pedro Rodrigues da Silva.

"Felizmente tínhamos algumas unidades em 'stock'. Quando recebemos o pedido do Brasil, acionámos os nossos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Saúde, o Instituto Camões e o Infarmed, e decidimos doar de forma emergencial, como um gesto de solidariedade ao país irmão. Esperamos contribuir para salvar vidas e enfrentar este momento de emergência em saúde", disse o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos

Com a doação portuguesa, o 'stock' estratégico nacional passa a contar com 1.036 ampolas de fomepizol.

Em causa está a falsificação de bebidas alcoólicas para serem comercializadas.

Em entrevista à TV Brasil, o diretor de comunicação da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) afirmou que o metanol importado pelo crime organizado para adulterar combustíveis pode ter sido desviado para distribuidoras de bebidas, estando na origem dos recentes casos de intoxicação em São Paulo.

Esse desvio ter-se-á intensificado após a Operação Carbono Oculto, que em agosto desmantelou um esquema de fraude e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.

Com empresas e transportadoras ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) interditadas, acabou por ser escoado também para destilarias ilegais, denunciou o responsável.

A partir de setembro, "pacientes intoxicados apresentaram histórico de ingestão de bebidas destiladas em cenas sociais de consumo alcoólico, incluindo bares, e com diferentes tipos de bebida, como gin, whisky e vodka", disse o Governo brasileiro.

Leia Também: Portugal envia ampolas para tratamento de intoxicação por metanol no Brasil

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