Petros Krommidas, um candidato a legislador no condado de Nassau, no estado norte-americano de Nova Iorque, está desaparecido há mais de cinco meses, mas, ainda assim, poderá ser eleito - e não seria o primeiro.
Segundo o jornal The Washington Post, o caso está a criar alguma confusão no local, com a irmã do candidato desaparecido a classificar a situação como "muito confusa e emotiva".
A família acredita que o jovem, de 29 anos, desapareceu quando estava a treinar para provas de triatlo, na costa de Long Beach, em Nova Jérsia. Foram feitas várias buscas - por terra e por mar -, mas apenas foi encontrada uma toalha.
Meses depois, não há ainda sinal deste candidato pelo Partido Democrata, que, tal como está previsto, irá a eleições locais já no próximo mês, a 4 de novembro.
"É extremamente doloroso para a família de Petros, é injusto com os eleitores e é uma troça política pela paixão de um jovem por tornar o mundo um lugar melhor", defendeu Joe Scianablo, que concorre numa outra cidade e é também amigo deste jovem desaparecido.
Segundo conta o Post, o Partido Democrata avançou, inicialmente, com esforços coordenados para retirar o candidato dos boletins, substituindo-o por outro. No entanto, dois eleitores avançaram com uma ação judicial com esta remoção, e os democratas acusaram os republicanos locais de tentarem manter o candidato ali para obterem vantagens políticas.
O caso chegou à justiça, onde um juiz local referiu que uma pessoa deve estar desaparecida por três anos antes de ser considerada morta.
O comité republicano do Condado de Nassau garantiu que não foram o órgão que avançou com a ação judicial, que, no fundo, está agora a manter o candidato nos boletins.
Por forma a manter o candidato na eleição, o juiz justificou, ainda, que um caso semelhante tinha acontecido há cerca de 50 anos, quando, em 1972, um democrata desapareceu após um acidente de avião. Desaparecido, acabou por ser reeleito. Posteriormente, foi declarado morto, e substituído.
Leia Também: Argentina? "Apoio está ligado a quem ganhar as eleições", diz Trump
