"O Mark [Rutte, secretário-geral Aliança Atlântica] falou disso, mais armamento, é isso que está a caminho", disse Pete Hegseth à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, na Bélgica.
O secretário da Guerra dos EUA (antigamente Departamento da Defesa até o nome ser alterado há um mês) revelou que está para breve a compra de armamento dos EUA pelos países europeus da NATO, para depois serem utilizadas pela Ucrânia contra a Rússia e "alcançar a paz".
"Se há uma coisa que aprendemos com o presidente [dos EUA, Donald] Trump é a aplicação da paz através da força; alcançamos a paz quando somos fortes, não quando utilizamos palavras fortes ou abanamos o dedo", comentou.
Pete Hegseth disse esperar que a paz na Ucrânia seja alcançada em breve, mas não revelou qualquer data para esse desejo, limitando-se a elogiar o presidente dos Estados Unidos: "Acho que o mundo está a ver que é um presidente da paz, que procura a paz apoiando os países que estão com os EUA e que querem a paz [...] e é isso que espero que consigamos na Ucrânia".
Os governantes dos 32 Estados-membros da NATO discutem hoje no quartel-general da organização político-militar o apoio à Ucrânia com a aproximação do inverno e as lições retiradas dos últimos dois anos, com a intensificação dos bombardeamentos russos a infraestruturas energéticas ucranianas e uma movimentação praticamente inexistente das linhas do conflito, por causa da deterioração das condições no terreno.
À entrada para a reunião ministerial Pete Hegseth não falou sobre a possibilidade de a Ucrânia receber, diretamente dos EUA ou através das aquisições feitas pelos Estados-membros europeus, os mísseis de longo alcance BGM-109 Tomahawk, que poderiam alcançar cidades, infraestruturas militares e energéticas, russas que estão ainda mais no interior do país.
Leia Também: NATO tem "tudo pronto" para responder a provocações russas