Um homem, que afirma ter 19 anos, foi visto a dançar e a rir, depois de perseguir e esfaquear, mais de 20 vezes, uma funcionária do hotel onde estava hospedado, numa estação ferroviária, em Walsall, no Reino Unido.
A vítima não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer três dias depois do ataque.
O jornal Independent avança que Rhiannon Skye Whyte, de 27 anos, encontrava-se à espera do comboio quando foi brutalmente agredida por Deng Chol Majek, um imigrante sudanês.
De acordo com a mesma fonte, Whyte, que tinha terminado o turno de trabalho no hotel Park Inn às 23h00, foi ouvida a gritar durante uma chamada com um amigo. Minutos depois, foi encontrada caída na plataforma por um guarda ferroviário.
Majek, que está a ser julgado pelo crime de homicídio, foi apanhado pelas câmaras de segurança enquanto seguia a vítima desde o hotel até uma estação, em Walsall.
"Ele seguiu-a até à plataforma do comboio, na estação Bescot Stadium, e atacou-a. Esfaqueando-a repetidamente com uma chave de fendas, principalmente na cabeça", relata a procuradora Michelle Heeley KC.
Heeley refere ainda que o agressor deixou a vítima a "sangrar até à morte" e antes de seguir para o hotel fez duas paragens no caminho. Uma para comprar bebida numa loja local e outra para atirar o telemóvel de Whyte ao rio.
"Depois voltou casualmente para o hotel", onde foi filmado a rir a dançar "claramente animado com o que tinha feito", menciona também a procuradora.
O Tribunal da Coroa de Wolverhampton refere que quando ouviu Majek, este estava "claramente entusiasmado com o que tinha feito".
A mesma fonte indica que a vítima mortal estava a trabalhar no hotel há três meses e trabalhava como auxiliar de limpeza e no serviço de refeições.
No decorrer da audiência, a procuradora disse ainda que um dos colegas de Whyte notou que o agressor estava olhar fixamente para ela e para a outra pessoa com quem a vítima estava a trabalhar. Contudo, nenhuma das testemunhas se conseguia lembrar de algum problema específico que o levasse a agir daquela forma.
"O que fica claro nas imagens das câmaras de segurança é que o réu ficou na área da receção a olhar para Whyte durante toda a noite. Ele trocou de roupa, vestiu um casaco e sandálias distintos, e ficou à espera que ela estivesse sozinha antes de a seguir" acrescentou Heeley.
Além das imagens de câmaras de segurança, a procuradora afirma que as unhas do agressor têm o ADN da vítima e que as roupas têm o seu sangue.
Majek nega o homicídio e a posse de uma chave de fendas como arma ofensiva. Contudo, o julgamento continua.
Leia Também: Jovem morto a tiro em plena via pública no Barreiro. PJ investiga