Os governantes dos 32 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) discutirão como é que podem coordenar os esforços para continuar a apoiar a Ucrânia, mais de três anos e meio desde o início da invasão russa, e como é que podem fazê-lo continuando a investir na própria capacitação militar.
Desde a reunião magna da NATO, no final de junho, que os 32 países-membros concordaram em investir pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da defesa e alcançar os 5% do PIB daqui a uma década (ainda que uma parte seja investimento direto e a outra investimento que também pode ser de utilização para defesa e segurança).
Com a esperança de um cessar-fogo a desvanecer, depois das negociações medidas pelos Estados Unidos da América (EUA) durante o verão, a NATO vai preparar o apoio à Ucrânia durante o inverno, conhecido por ser de poucos avanços terrestres e ser também a altura em que a Rússia intensifica os bombardeamentos a infraestruturas elétricas, para tentar pressionar os ucranianos.
A discussão poderá incluir também esclarecimentos sobre a possibilidade de as Forças Armadas da Ucrânia utilizarem os mísseis BGM-109 Tomahawk de longo alcance dos EUA, uma decisão que foi recebida com ameaças pelo Kremlin, pela capacidade que têm de atingir o território russo e pela dificuldade de intercetá-los.
Está prevista uma intervenção pública do ministro da Defesa ucraniano, Denys Shmyha, que participará na reunião informal do Conselho NATO -- Ucrânia e também no Grupo de Contacto da Defesa da Ucrânia, os dois organismos principais na coordenação do apoio ao país invadido desde o final de fevereiro de 2022.
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, representará Portugal na reunião, que deverá ser resumida em conferência de imprensa pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e pelos ministros da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, e do Reino Unido, John Healey.
Leia Também: Líbano e Síria avançam com acordo para investigar assassinatos políticos