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Julgamento do desastre ferroviário de 2023 na Grécia inicia-se em março

Trinta e seis pessoas começam a ser julgadas a 23 de março de 2026 pelo alegado envolvimento no pior desastre ferroviário da história da Grécia, em 2023, disse hoje fonte judicial.

Julgamento do desastre ferroviário de 2023 na Grécia inicia-se em março

© Reuters

Lusa
14/10/2025 14:46 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Grécia

Entre os arguidos, que incluem funcionários ferroviários e antigos dirigentes do setor dos transportes, está o chefe da estação de Larissa (centro), de serviço na noite de 28 de fevereiro de 2023, quando um comboio de passageiros e um de mercadorias colidiram frontalmente, causando 57 mortos, indicou fonte do Ministério Público de Larissa à agência de notícias France-Presse.

 

Três anos depois da tragédia, o julgamento terá lugar no tribunal criminal de Larissa, próximo do local do acidente, e deverá centrar-se em acusações de homicídio voluntário repetido, ofensas corporais graves por negligência e interferência perigosa no transporte ferroviário.

Entre os réus figuram ainda um antigo presidente da Autoridade Reguladora Ferroviária, um antigo chefe da Autoridade Ferroviária Grega (OSE) e vários altos funcionários do Ministério dos Transportes.

Dois executivos italianos da Hellenic Train, empresa que gere o transporte de passageiros na Grécia, vão responder por infrações menores.

O chefe da estação de Larissa, que já cumpriu 18 meses de prisão preventiva, admitiu de imediato as falhas, mas lembrou que se encontrava-se sozinho no comando e sem apoio técnico.

O acidente ocorreu pouco antes da meia-noite de 28 de fevereiro de 2023, quando os dois comboios circularam durante vários minutos na mesma linha, sem qualquer alerta do sistema de sinalização.

A investigação mostrou falhas graves na infraestrutura ferroviária e atrasos prolongados na modernização dos sistemas de segurança.

O acidente desencadeou uma onda de indignação no país, com manifestações de centenas de milhares de pessoas a exigir justiça e reformas no setor público.

Em junho passado, o Parlamento grego instaurou uma comissão de inquérito para apurar as responsabilidades do então ministro dos Transportes Costas Karamanlis, que se demitiu na sequência do acidente.

Nos últimos meses, familiares das vítimas têm mantido a pressão pública e o pai de uma das 57 vítimas fez recentemente uma greve de fome de quase três semanas em frente ao Parlamento, em Atenas.

Leia Também: Grécia volta a fazer greve geral contra a jornada de trabalho de 13 horas

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