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Berlim considera ter chegado hora do diálogo Moscovo-Kyiv

O governo da Alemanha afirmou hoje ter chegado o momento de o presidente russo, Vladimir Putin, dialogar com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para alcançar um acordo de paz.

Berlim considera ter chegado hora do diálogo Moscovo-Kyiv

© Lusa

Lusa
14/10/2025 13:15 ‧ há 6 horas por Lusa

"Chegou o momento de recordar a importante proposta do Presidente dos Estados Unidos, que até agora não obteve resposta do Presidente Putin, para iniciar um diálogo com a Ucrânia", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, numa conferência de imprensa em Bucareste, no final de um encontro com a homóloga romena, Oana Toiu.

 

Wadephul aludia às tentativas fracassadas do Presidente norte-americano, Donald Trump, de promover um encontro direto entre Putin e Zelensky.

Estas declarações do chefe da diplomacia alemã ocorreram um dia depois de Trump, após congratular-se com o sucesso do plano de paz para a Faixa de Gaza, iniciado na sexta-feira com a aplicação de um cessar-fogo, ter anunciado que vai receber Zelensky em Washington, na sexta-feira.

Espera-se que a visita aborde a possibilidade de Washington fornecer a Kiev mísseis de longo alcance Tomahawk. 

No domingo, Trump afirmou estar a considerar essa eventual entrega, embora tenha admitido que isso representará uma escalada no conflito que começou há mais de três anos com a invasão russa da Ucrânia.

"[A Ucrânia] gostaria de ter os Tomahawk. Falámos sobre isso [numa conversa telefónica com Zelensky] e veremos. Para ser sincero, talvez tenha de falar com a Rússia sobre os Tomahawk. Querem ter mísseis Tomahawk a apontar para eles? Não creio", afirmou Trump no domingo aos jornalistas, a bordo do avião presidencial, pouco depois de partir de Washington para uma visita ao Médio Oriente.

Há muito que Zelensky pede aos Estados Unidos mísseis Tomahawk, cujo alcance, de 1.500 quilómetros, poderá facilmente colocar Moscovo no ponto de mira da Ucrânia, de acordo com a cadeia de televisão norte-americana CNN.

Em Bucareste, Wadephul reiterou a determinação alemã e dos restantes aliados em continuar a apoiar plenamente a Ucrânia e a defender o flanco oriental da NATO contra violações da soberania, numa alusão às recentes incursões aéreas de drones, alegadamente russos, na Polónia e noutros países da região.

"Passou apenas um mês desde que caças romenos e alemães atuaram em conjunto após a violação do espaço aéreo romeno por um drone russo. Isto demonstra a nossa solidariedade no seio da NATO e que tais violações da soberania dos Estados-membros são inaceitáveis", declarou o ministro.

"Defendemo-nos em conjunto das ameaças híbridas da Rússia, dos drones nos aeroportos, da frota fantasma russa que ameaça tanto as pessoas como o ambiente, e contra ações maciças de influência e desinformação no espaço 'online', originadas em instituições estatais russas", acrescentou.

Leia Também: AIEA pressiona Kyiv e Moscovo a cessar-fogo junto a central nuclear

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