"A nossa vitória é clara. Deve ser respeitada", escreveu, exigindo que o atual presidente, Paul Biya, de 92 anos e no poder há 43, aceite "a verdade das urnas", sob pena de "mergulhar o país no caos" porque "o povo escolheu e essa escolha deve ser respeitada".
Em 2018, nas últimas eleições presidenciais nos Camarões, Maurice Kamto, que ficou em segundo lugar na votação e cuja candidatura foi rejeitada este ano, proclamou-se vencedor no dia seguinte, embora a legislação não permita publicitação de resultados antes de o Conselho Constitucional se pronunciar.
Há sete anos, Kamto foi detido e as manifestações dos seus apoiantes foram dispersadas com gás lacrimogéneo e canhões de água. Dezenas de manifestantes continuam presos ainda hoje.
"Esta é a linha vermelha que não deve ser ultrapassada", avisou domingo o ministro da Administração Territorial, Paul Atanga Nji, em conferência de imprensa, referindo-se precisamente a quaisquer proclamações de resultados eleitorais.
As autoridades não comunicaram a taxa de participação nem especificaram a data exata para o anúncio dos resultados. O Conselho Constitucional somente se comprometeu a divulgar as votações antes de 26 de outubro.
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