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Macron negoceia com socialistas sob risco de nova queda do governo

O primeiro-ministro francês manteve hoje negociações com o líder do Partido Socialista, que pediu a suspensão da reforma das pensões para evitar uma nova queda do executivo.

Macron negoceia com socialistas sob risco de nova queda do governo

© Nathan Laine/Bloomberg via Getty Images

Lusa
13/10/2025 21:07 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

França

Rodeado de ministros e conselheiros, Sébastien Lecornu, que enfrenta uma moção de censura na terça-feira, prosseguiu os trabalhos sobre a proposta de orçamento para 2026 e a declaração de política geral à Assembleia Nacional, a apresentar também na terça-feira.

 

Na primeira reunião do Conselho de Ministros, prevista para a manhã de terça-feira, o executivo vai apresentar a proposta de orçamento do Estado e da Segurança Social, para que possam ser enviados atempadamente ao Parlamento.

O objetivo é manter o défice abaixo dos 5% do produto interno bruto (PIB), em vez dos 4,7% inicialmente previstos, uma flexibilização que deixa uma margem de nove mil milhões de euros para, eventualmente, satisfazer as exigências da oposição.

"Nesta base, poderemos rever completamente a cópia que será apresentada ao Conselho de Ministros", disse Olivier Faure, líder do Partido Socialista francês.

Contudo, antes de se poder realizar um debate orçamental, o Governo terá de ultrapassar uma moção de censura apresentada pelo partido de extrema-direita União Nacional (Rassemblement National, RN).

O momento da verdade será a declaração de política geral, que está quase concluída e que Lecornu deverá apresentar ao parlamento na terça-feira, a partir das 15:00 (14:00 em Lisboa).

Nessa ocasião, os socialistas esperam o anúncio de uma suspensão da reforma das pensões de 2023, que pode ser adotada no parlamento.

Uma suspensão "imediata e total", insistiu Faure, caso contrário, poderá fazer cair o Governo esta semana.

Numa reunião com os líderes partidários, na sexta-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, esboçou uma concessão: um atraso na "medida de idade" para a reforma (aumento gradual para 64 anos), símbolo do segundo mandato de cinco anos.

Este gesto foi insuficiente aos olhos dos socialistas, que querem simultaneamente uma suspensão da medida de idade legal e uma aceleração do aumento do número de trimestres contribuídos para obter uma pensão de reforma por inteiro.

A partir do Egito, Macron rejeitou qualquer responsabilidade pela crise política, salientando o papel diplomático.

O Presidente francês pediu às forças políticas para que "se unam" e "trabalhem para a estabilidade", em vez de "apostarem na instabilidade", numa alusão aos que esperam uma dissolução da Assembleia Nacional ou uma eleição presidencial antecipada.

Lecornu, que se demitiu no início da semana passada e foi reconduzido no cargo na sexta-feira, vê agora tanto o partido de esquerda França Insubmissa (La France Insoumise, LFI), como o partido de extrema-direita de Marine Le Pen, com intenções de votar no sentido de fazer cair o Governo.

No final da tarde de domingo, Lecornu apresentou uma equipa composta por novas caras: oito da sociedade civil e 26 das forças políticas, incluindo 11 do partido presidencial.

Leia Também: França e Egito vão organizar conferência humanitária para Gaza

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