A governante referiu ainda que existe um "orçamento de emergência" de 19 mil milhões de pesos (cerca de 900 milhões de euros), dos quais 3 mil milhões de pesos (cerca de 140 milhões de euros) já foram alocados para os danos causados pelo furacão Eric nos estados de Guerrero e Oaxaca.
"Forneceremos os dados assim que houver o primeiro censo [dos afetados]. Ontem (domingo), estimámos que 100 mil casas poderão ser afetadas nos cinco estados do país (Veracruz, Puebla, Hidalgo, San Luis Potosí e Querétaro) (...) é um número totalmente preliminar; até que o censo esteja concluído, não podemos fornecer um número final", explicou Sheinbaum.
A chefe de Estado acrescentou que a estimativa se baseou no número de casas em cada município afetado, acrescentando que "em todos os casos, haverá apoio".
Em resposta às acusações e críticas dos opositores que apontaram que tanto o Governo federal como o estadual e municipal "foram sobrecarregados pela emergência" e que foi um erro eliminar o Fundo Nacional para Desastres Naturais (Fonden) no governo anterior, Sheinbaum frisou que, embora o fundo já não exista, "existe uma dotação orçamental para emergências".
"Há recursos suficientes. Não se poupará nada em tudo o que está relacionado com a emergência, porque ainda estamos nesse período", garantiu.
Sheinabum afirmou que, após o censo, será prestado o apoio inicial, seguido de um maior apoio às famílias afetadas.
"Os censos estão a ser realizados para fornecer habitação a muitas pessoas que tinham as suas casas nas margens dos rios e que, evidentemente, não podem regressar a estas zonas por serem zonas de risco", sublinhou, prevendo que haverá realojamentos para estas famílias.
Claudia Sheinbaum negou ainda que o seu Governo use o apoio à população "para fins eleitorais".
Explicou também que não existe nenhuma ordem que proíba a assistência privada e que "é necessária organização e coordenação", algo centralizado pelo Ministério da Defesa.
O México registou hoje 64 mortes e 65 desaparecidos, depois de fortes chuvas terem atingido cinco estados centrais entre 06 e 09 de outubro, deixando milhares de desalojados e causando graves danos a casas, empresas e infraestruturas em 111 municípios.
Desde 10 de outubro, o Governo mexicano tem realizado reuniões de emergência contínuas em coordenação com os governos estaduais.
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