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Egito recebe conferência para a reconstrução da Faixa de Gaza em novembro

O Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, anunciou hoje que o Cairo vai acolher um novembro uma conferência subordinada à reconstrução da Faixa de Gaza, com base no plano do homólogo norte-americano, Donald Trump.

Egito recebe conferência para a reconstrução da Faixa de Gaza em novembro

© Hamza Z. H. Qraiqea/Anadolu via Getty Images

Lusa
13/10/2025 19:50 ‧ há 10 horas por Lusa

"O Egito trabalhará com os Estados Unidos para avançar com a reconstrução", afirmou Al-Sisi durante uma cerimónia na estância balnear de Sharm el-Sheikh, com a participação de cerca de 30 líderes mundiais, durante a qual foi assinada uma declaração que compromete os mediadores internacionais com o fim das hostilidades entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.

 

O acordo entre Israel e movimento islamira Hamas foi impulsionado por Washington e negociado ao longo de vários dias em Sharm el-Sheikh com a mediação de delegações do Egito, do Qatar e da Turquia.

Nesta fase, foi acordado o cessar-fogo, a retirada gradual das forças israelitas, a entrada em massa de ajuda humanitária no enclave palestiniano e a troca de reféns por prisioneiros.

A segunda fase, cujas negociações o líder norte-americano disse já terem começado, vai abordar a reconstrução do enclave, bem como o desarmamento do Hamas e a governação da Faixa de Gaza.

"A paz é complementada pela reconstrução após a destruição", disse o Presidente egípcio, que desejou "um Médio Oriente em que as pessoas desfrutem de paz, sem terrorismo e desprovido de armas de destruição maciça".

"Aproveito esta oportunidade para apelar ao povo israelita para que faça deste momento uma oportunidade para alcançar a paz: estendam as vossas mãos para implementar a paz", disse Al-Sisi.

O Presidente egípcio disse ainda que "este acordo fecha uma página dolorosa na história da humanidade" e espera que seja um ponto de viragem para "um futuro melhor" no Médio Oriente.

Al-Sisi também elogiou Trump e convidou-o a juntar-se "aos líderes do mundo que estão a lutar pela paz", ao mesmo tempo que expressou apreço pela "liderança sábia com a proposta e o plano para acabar com a guerra catastrófica".

O Presidente egípcio lembrou que o objetivo do plano é abrir "o horizonte necessário" para materializar a solução de dois Estados, que prevê a criação de um Estado palestiniano independente, algo a que o Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se opõe totalmente.

Posto isto, Al-Sisi reforçou que o povo palestiniano "tem o direito à autodeterminação e o direito à liberdade e à segurança ao lado de Israel", bem como ao "reconhecimento mútuo". 

"Estamos empenhados em levar a cabo o vosso plano. Que a guerra de Gaza seja a última", acrescentou, lembrando que o acordo é a prova de que "a paz é a opção que tem de ser baseada na justiça".

A conferência foi copresidida por Trump e Al-Sisi e incluiu a participação de líderes de vários países da região e também dirigentes europeus e do secretário-geral da ONU, António Guterres, mas nem o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, nem o Hamas estiveram presentes.

Contou no entanto com a participação do presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmud Abbas.

Ao todo, 1.968 prisioneiros foram libertados ao abrigo do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, incluindo muitos condenados por ataques mortais contra Israel, bem como 1.700 palestinianos presos por alegadas "razões de segurança", desde o início da guerra, em outubro de 2023.

Em troca, o Hamas devolveu em duas vagas 20 reféns vivos mantidos em cativeiro no enclave palestiniano há quase dois anos, mas indicou que apenas ia entregar hoje quatro corpos dos 28 que se presumem mortos.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Trump anuncia início de negociações da 2.ª fase do acordo em Gaza

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