"O Brasil não tem um problema com Israel. O Brasil tem um problema com Netanyahu. Se Netanyahu deixasse o Governo, não haveria qualquer problema entre o Brasil e Israel, que sempre tiveram uma relação muito boa", declarou o chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, numa conferência de imprensa após ter participado no Fórum Mundial da Alimentação (WFF, em inglês), em Roma.
Lula da Silva reconheceu ainda o papel do povo judaico, "inclusive ao rejeitar a atitude de Netanyahu" relativamente à intervenção militar na Faixa de Gaza após o ataque em território israelita do grupo terrorista Hamas, em 07 de outubro de 2023.
O chefe de Estado brasileiro fez estas declarações no momento em que Israel e o grupo rebelde Hamas davam os primeiros passos para o acordo de cessar-fogo através da libertação de reféns.
O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, promotor do acordo, preside à cimeira de paz na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, escolhida para a assinatura do entendimento, que já se concretizou, que visa pacificar o enclave.
O Brasil tem condenado veementemente a guerra na Faixa de Gaza.
Lula da Silva foi declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita depois de ter comparado a guerra em Gaza ao Holocausto e de ter denunciado que a atuação militar israelita em Gaza era genocídio contra os palestinianos.
Em agosto passado, o Governo de Lula da Silva recusou receber o novo embaixador israelita, agravando assim as já tensas relações diplomáticas entre os dois países.
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