Os meios de comunicação social arménios e azeris divulgaram imagens de Nikol Pashinian e Ilham Aliyev a conversarem num ambiente informal à margem da cimeira sobre Gaza, avançou a agência de notícias espanhola EFE.
A imprensa noticiou igualmente a primeira conversa entre os dirigentes da Arménia e do Paquistão em Sharm el-Sheikh, que ocorre poucas semanas depois do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países.
Anteriormente, o Paquistão tinha recusado manter relações com a Arménia em solidariedade com o Azerbaijão, em guerra com a Arménia.
No entanto, em 08 de agosto, os líderes da Arménia e do Azerbaijão assinaram em Washington um pré-acordo que procura pôr fim ao conflito de longa data.
Desde então, Aliyev e Pashinian voltaram a encontrar-se várias vezes para discutir os pormenores da normalização entre as duas partes, embora algumas questões ainda não tenham sido resolvidas.
Os líderes dos dois países do Cáucaso, que partilham uma fronteira de cerca de mil quilómetros que ainda não foi totalmente demarcada, encontraram-se na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, na China, em setembro, e numa reunião de líderes das antigas repúblicas soviéticas no Tajiquistão, na semana passada.
O acordo assinado nos Estados Unidos estabeleceu a criação de um corredor estratégico que ligará o Azerbaijão ao enclave de Nakhchivan, através do sul da Arménia, pondo fim ao conflito de décadas entre Erevan e Baku pelo território de Nagorno-Karabakh, região reintegrada pelo Azerbaijão como parte do território, na sequência da ofensiva lançada em 2023 e que levou à dissolução das autoridades separatistas pró-arménias.
As partes comprometeram-se a renunciar às reivindicações territoriais mútuas, a abster-se do uso da força contra a integridade territorial e a negociar para concluir um acordo sobre a demarcação das fronteiras comuns.
Nagorno-Karabakh é um território de aproximadamente 4.400 quilómetros quadrados no Cáucaso do Sul, com população maioritariamente arménia - grande parte da qual fugiu para a Arménia após a ofensiva do Azerbaijão, em 2023 -, que esteve quase três décadas sob o controlo de forças pró-arménias, apesar de a comunidade internacional reconhecer a região como parte integrante do Azerbaijão.
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