"Após 738 dias, os reféns estão a regressar, incluindo alguns alemães. Dois anos de medo, dor e esperança ficaram para trás. Hoje, as famílias podem finalmente voltar a abraçar os seus entes queridos", declarou Merz na rede social X, onde expressou a sua esperança que hoje marque o inzício da paz no Médio Oriente.
"Os reféns assassinados devem também regressar a casa para que as suas famílias se possam despedir com dignidade. Este dia é um começo: o início da cura e um passo em direção à paz no Médio Oriente", acrescentou o chanceler alemão.
O chanceler alemão também vai reunir-se hoje com Donald Trump para discutir o conflito ucraniano e perceberem o que podem "fazer juntos para pôr fim à guerra" na Ucrânia, após este êxito do cessar-fogo alcançado na Faixa de Gaza.
"Contamos (...) com a assistência e o apoio contínuos dos Estados Unidos. Tal como demonstraram nesta região (Médio Oriente), também devem demonstrá-lo connosco na Ucrânia e em relação à Rússia", disse Friedrich Merz aos jornalistas à margem da importante cimeira de hoje sobre o futuro da Faixa de Gaza, em Sharm el-Sheikh, no Egito, na qual Trump também participará.
Ainda sobre Gaza, o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, referiu que hoje foi um "dia de infinito alívio para as famílias dos reféns, que podem voltar a abraçar os seus entes queridos", numa mensagem acompanhada de uma foto com familiares dos sequestrados.
"Estou feliz por eles e com eles. Ao mesmo tempo, é um dia de grande preocupação, porque sabemos que alguns reféns estão a regressar para casa mortos", acrescentou na sua mensagem, referindo que estava a pensar, sobretudo, nas famílias dos reféns alemães mantidos pelo Hamas.
"Saber que dois anos agonizantes de incerteza terminam para eles hoje é profundamente comovente", observou Wadephul.
O Presidente Frank-Walter Steinmeier agradeceu às partes envolvidas no acordo que tornou possível a libertação dos reféns - Estados Unidos, Qatar, Egito e Turquia - numa declaração escrita, esperando ainda que aos alemães libertados possam "superar gradualmente as consequências da violência que sofreram".
Desde o dia dos ataques, em 07 de outubro de 2023, Steinmeier mantém contacto com as famílias dos reféns, com quem se encontrou pela última vez em 10 de julho, segundo o comunicado, sublinhando o desejo do chefe de Estado alemão para que o plano de paz seja totalmente aplicado.
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