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Macau inscreve dança folclórica portuguesa como Património Intangível

Macau anunciou hoje a inscrição de 12 manifestações, incluindo a dança folclórica portuguesa e os pastéis de nata locais, inspirados pelo pastel português, na Lista do Património Cultural Intangível da região semiautónoma chinesa.

Macau inscreve dança folclórica portuguesa como Património Intangível

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Lusa
13/10/2025 13:55 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Macau

A inscrição foi confirmada num despacho, assinado pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, com data de 26 de setembro, mas que só foi hoje publicado no Boletim Oficial de Macau.

 

A Lista do Património Cultural Intangível do território passa a incluir também a confeção de massas Jook-Sing (uma rara especialidade feita com ovos de pato), biscoitos de amêndoa, bolos de casamento tradicional chinês e pastéis de nata.

Os pastéis de nata de Macau, inspirados pelo pastel português, foram inventados por um britânico radicado na cidade, Andrew Stow (1955-2006).

A lista inclui ainda a crença e costumes de Tou Tei (o deus chinês da Terra), o festival e a regata de barcos-dragão, a dança do dragão, a dança do leão, o Festival da Primavera (que inclui o Ano Novo Lunar) e a arte marcial Tai Chi.

Em novembro, o Instituto Cultural de Macau (ICM) anunciou uma consulta pública, com duração de 30 dias, sobre a possível inscrição das 12 manifestações na lista.

Na altura, a líder de um grupo de dança folclórica portuguesa disse à Lusa que a possível listagem como património cultural intangível de Macau pode ajudar a preservar a cultura de matriz lusa na região chinesa.

"Temos sempre de lutar bastante para manter o mínimo da cultura portuguesa que ainda está viva em Macau, não é fácil", disse a presidente da Associação de Danças e Cantares Portugueses 'Macau no Coração'.

"É muito boa essa iniciativa e se [a dança folclórica portuguesa] entrar realmente na lista era ótimo para a nossa cultura", defendeu a macaense Ana Manhão Sou.

Os macaenses são uma comunidade euro-asiática, composta sobretudo por lusodescendentes, com raízes no território.

Manhão Sou disse estar confiante que os residentes de Macau já encaram a dança folclórica portuguesa não como algo estrangeira, mas sim como parte integrante da cultura do território.

O ICM disse em janeiro que os residentes presentes numa sessão de consulta pública, realizada em 07 de dezembro, "concordaram, de um modo geral, com a escolha das manifestações recomendadas para inscrição" na lista, incluindo a dança folclórica portuguesa.

No final de agosto, a presidente do ICM e líder do Conselho do Património Cultural, Leong Wai Man, disse à Lusa que o conselho tinha, numa reunião, discutido o relatório final da consulta pública, antes de o Governo tomar uma decisão final.

Em 2019, Macau já tinha inscrito como património cultural intangível as procissões católicas do Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos e de Nossa Senhora de Fátima, a gastronomia macaense e o teatro em patuá, o dialeto crioulo da comunidade.

Em 2021, a gastronomia macaense e o teatro em patuá foram também incluídos pela China na Lista de Património Cultural Imaterial Nacional.

Leia Também: Macau lança alerta para subida dos casos de febre chikungunya

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