O número registado no ano passado é o maior de sempre, sublinha a organização, em comunicado hoje divulgado a propósito da celebração, hoje, do Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres.
Apelando a um maior investimento na redução do risco de catástrofes e nos esforços de construção de resiliência, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) refere que também a ajuda internacional tem diminuído.
"Temos de reiterar uma mensagem simples, mas urgente: é preciso financiar a resiliência", defendeu a diretora-geral da OIM, Amy Pope, citada no comunicado.
"Cada dólar investido em resiliência poupa muito mais em perdas evitadas e protege a dignidade daqueles que estão em maior risco. A escolha é nossa", afirmou a responsável.
Sublinhando ser necessário uma mudança decisiva nas prioridades globais de financiamento, Amy Pope adiantou que a escolha assenta entre "continuar a financiar a resposta a catástrofes ou investir na resiliência".
Para que se concretize essa mudança, a OIM está a exortar os governos, os doadores e o setor privado a aumentar os investimentos que reduzam o risco e o impacto dos desastres na deslocação e reforcem a resiliência das comunidades vulneráveis.
"Isto significa integrar a mobilidade humana no desenvolvimento com base nos riscos e no financiamento climático, garantindo que as comunidades se podem adaptar, mudar de local em segurança ou reconstruir-se com dignidade após a ocorrência de um desastre", explica.
A OIM vai defender, na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que irá decorrer de 10 a 21 de novembro na Amazónia, Brasil, que "a redução dos riscos climáticos e de catástrofes esteja no centro das negociações sobre o financiamento climático", avançou a organização.
O objetivo visa também estar em consonância com o Grupo de Trabalho de Redução de Riscos de Desastres do G20 e os resultados da Conferência sobre Financiamento para o Desenvolvimento, explicou.
"Através de ferramentas inovadoras, como o Índice de Risco para a Deslocação Climática e o Fundo Catalítico Climático, a OIM pretende demonstrar como a análise preditiva e o financiamento comunitário podem identificar pontos críticos, prevenir a deslocação e proteger os ganhos do desenvolvimento", concluiu a OIM.
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