"O regresso dos reféns israelitas é um momento de pura alegria para essas famílias e um momento de alívio para o mundo inteiro. Significa que se pode virar uma página, que se pode iniciar um novo capítulo", reagiu a líder do executivo comunitário, após o Hamas ter feito as primeiras libertações no âmbito do cessar-fogo com Israel.
No dia em que se realiza a "cimeira da paz" para oficializar o acordo de cessar-fogo para Gaza, na presença de dezenas de líderes europeus e árabes, Von der Leyen sublinhou: "A conclusão do acordo que põe fim à guerra hoje em Sharm el-Sheikh será um marco histórico. Estamos prontos para contribuir para o seu sucesso com todos os instrumentos à nossa disposição, em particular, prestando apoio à governação e à reforma da Autoridade Palestiniana".
"Seremos uma força ativa no seio do Grupo de Doadores Palestinos e disponibilizaremos financiamento da UE para a reconstrução de Gaza", disse ainda a presidente da Comissão Europeia, garantindo que "a Europa apoia plenamente o plano de paz negociado pelos Estados Unidos, pelo Qatar, pelo Egito e pela Turquia".
Através do X, também a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, disse que "hoje é um momento raro de esperança no Médio Oriente".
"A libertação dos reféns é um grande sucesso para a diplomacia e um marco crucial", mas "garantir a paz em Gaza será extremamente complexo, [pelo que] o plano de paz requer um forte apoio internacional para ser bem-sucedido", adiantou.
Kaja Kallas assegurou que "a UE está pronta para fazer a sua parte".
O Hamas libertou hoje sete reféns sob custódia da Cruz Vermelha, os primeiros no âmbito de um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita na Faixa de Gaza.
Horas antes, o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que a guerra entre Israel e o Hamas "está terminada".
Donald Trump chegou esta manhã a Telavive para o acordo de Paz, por si mediado, entre Israel e o Hamas.
O Hamas comprometeu-se a iniciar hoje a libertação dos 48 reféns, maioritariamente israelitas ainda detidos em Gaza, no âmbito do acordo de paz impulsionado pelos Estados Unidos que foi alcançado na semana passada em negociações no Egito.
Depois de concluída a entrega, Israel deverá libertar cerca de 2.000 detidos palestinianos das suas prisões, de acordo com os termos da primeira fase de um acordo de cessar-fogo assinado pelas duas partes.
Os presidentes do Egito e dos Estados Unidos copresidem hoje a uma "cimeira da paz" para oficializar o acordo de cessar-fogo para Gaza alcançado entre Israel e o Hamas, na presença de dezenas de líderes europeus e árabes.
A cimeira visa pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, reforçar os esforços para instaurar a paz e a estabilidade no Médio Oriente e abrir uma nova página de segurança e estabilidade regional, avançou a presidência egípcia sobre o encontro que decorre na estância balnear egípcia de Sharm el-Sheikh.
A par de Abdel Fattah al-Sissi e de Donald Trump, entre os participantes internacionais confirmados estão o Rei Abdullah II da Jordânia, os chefes de Estado da Turquia (Recep Tayyip Erdogan) e de França (Emmanuel Macron), o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Leia Também: Braço armado do Hamas anuncia libertação de 20 reféns