A Cruz Vermelha informou que vai receber reféns mantidos na Faixa de Gaza para os transferir para as autoridades israelitas, além de acompanhar a libertação de prisioneiros para a Faixa de Gaza e para a Cisjordânia.
A organização "também facilitará a transferência dos restos mortais dos falecidos para que as famílias possam enterrar os seus entes queridos com dignidade", acrescentou.
O exército de Israel disse que veículos da Cruz Vermelha estavam hoje a caminho de um local previamente combinado, no norte da Faixa de Gaza, para resgatar reféns que serão libertados pelo Hamas.
"A Cruz Vermelha está a caminho de um ponto de encontro no norte da Faixa de Gaza, onde vários reféns serão entregues à sua custódia", escreveu o exército israelita.
Num breve comunicado, as Forças de Defesa de Israel acrescentaram que estavam prontas "para receber reféns adicionais para serem entregues à Cruz Vermelha numa data posterior".
O braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas divulgou hoje os nomes de 20 reféns israelitas ainda vivos no enclave de Gaza que deverão ser libertados esta manhã, no âmbito de um acordo com Israel.
"No âmbito do acordo [de cessar-fogo e] troca de prisioneiros, as Brigadas al-Qassam decidiram libertar vivos os seguintes prisioneiros sionistas", afirmou o grupo armado em comunicado, publicando a lista com os nomes de 20 reféns.
De acordo com a imprensa israelita, a libertação de reféns decorrerá em duas fases: a primeira a partir da 08:00 (06:00 em Lisboa), na zona do corredor Netzarim, que divide a Faixa de Gaza de leste a oeste; e a segunda, por volta das 10:00 (08:00 em Lisboa), na zona de Khan Yunis, no sul do enclave.
O Hamas comprometeu-se a iniciar hoje a libertação dos 48 reféns, maioritariamente israelitas, ainda detidos em Gaza, no âmbito do acordo de paz impulsionado pelos Estados Unidos que foi alcançado na semana passada em negociações no Egito.
"Em conformidade com o acordo assinado, a troca de prisioneiros deve começar na segunda-feira de manhã, como combinado, e não há novidades a esse respeito", disse, no sábado, um representante do grupo, identificado como Oussama Hamdane, também em declarações à agência de notícias France-Presse.
Depois de concluída a entrega, Israel deverá libertar cerca de 2.000 detidos palestinianos das suas prisões, de acordo com os termos da primeira fase de um acordo de cessar-fogo assinado pelas duas partes.
O Hamas publicou, também esta manhã, uma lista com mais de 1.900 prisioneiros palestinianos que, segundo o movimento, deverão libertados.
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