"O ministério do Interior e Segurança Nacional anuncia a abertura ao arrependimento e à amnistia geral para todos aqueles que se juntaram a esses bandos, mas não participaram na prática de assassinatos", anunciou a instituição em comunicado.
O Ministério assegurou que estes grupos "aproveitaram-se do caos durante a guerra e cometeram atos ilegais", como atacar propriedades de cidadãos ou roubar ajuda humanitária.
"Alguns desses gangues foram integrados por indivíduos que não tinham as mãos manchadas de sangue e que não participaram em assassinatos ou crimes", especificou o ministério, assegurando que a amnistia geral será aplicada a estas pessoas.
O governo de Gaza apelou a quem participou nesses grupos para se entregar aos serviços de segurança no prazo de uma semana, a partir de segunda-feira, 13 de outubro, até à tarde de 19 de outubro. "Isto permitirá a resolução da sua situação jurídica e de segurança e o encerramento definitivo dos seus processos", acrescentou.
O ministério do Interior indicou que aqueles que não se entregarem ou continuarem a agir contra a lei serão sujeitos a "medidas firmes".
Israel e Hamas anunciaram na quarta-feira à noite um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
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