"Estou a usar o meu poder de Comandante-em-Chefe para ordenar ao nosso ministro da Guerra [secretário da Defesa], Pete Hegseth, que use todos os fundos disponíveis para que as nossas tropas sejam pagas a 15 de outubro", declarou o Presidente norte-americano na sua rede social Truth Social.
Em setembro, Trump mudou o nome do Departamento de Defesa (Pentágono) para Departamento de Guerra, mas, para já, é uma designação secundária oficial.
Os representantes eleitos dos partidos Republicano e Democrata no Congresso norte-americano mantêm-se firmes nas suas posições desde 01 de outubro, o que levou a uma paralisação dos serviços federais e ao desemprego técnico de mais de 700.000 funcionários federais com funções consideradas não essenciais.
Durante todo o período do "shutdown", os mais de 2,3 milhões de funcionários federais não recebem salários - mesmo aqueles que devem continuar a trabalhar -, assim como os mais de 1,3 milhão de militares.
"Se nada for feito por causa do "líder" Chuck Schumer e dos democratas, os nossos bravos soldados perderão o salário que lhes é legitimamente devido a 15 de outubro", afirmou Trump.
"Não deixarei que os democratas mantenham como reféns os nossos militares e toda a segurança do nosso país com o seu perigoso "shutdown" do Estado", acrescentou.
No Congresso, os republicanos propõem uma prorrogação do orçamento atual, com os mesmos níveis de despesas, enquanto os democratas exigem uma prorrogação dos subsídios para programas de seguro de saúde destinados a famílias de baixos rendimentos.
Devido às regras em vigor no Senado (câmara alta do Congresso), são necessárias várias vozes democratas para aprovar um orçamento, apesar da maioria republicana.
Mas Donald Trump rejeita qualquer negociação com a oposição sobre questões de saúde sem a "reabertura" do governo federal como pré-requisito.
A Casa Branca anunciou na sexta-feira que começou a despedir funcionários federais.
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