"Hoje lançamos uma campanha para recolher assinaturas contra os planos de guerra de Bruxelas. Estaremos presentes em todas as cidades e aldeias, porque agora precisamos do apoio de todos os húngaros amantes da paz", anunciou Orbán na rede social Facebook, citado pela agência espanhola EFE.
O primeiro-ministro ultranacionalista húngaro acrescentou que espera "um outono quente", já que "a Europa se dirige em direção à guerra de uma maneira cada vez mais acelerada", algo que, segundo afirmou, integra o alegado plano dos líderes comunitários apresentado na última cimeira da União Europeia (UE) em Copenhaga.
Segundo Orbán, o plano consiste em "ir para a guerra contra a Rússia" e dar "todos os recursos e dinheiro à Ucrânia".
O chefe do Governo húngaro é considerado o líder comunitário mais próximo de Moscovo e, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, recusa-se a apoiar militarmente Kyiv.
Orbán é ostensivamente contra a integração da Ucrânia na UE e na NATO, e afirmou várias vezes que a adesão do país vizinho significaria que Kyiv receberia todo o apoio financeiro "que corresponde à Hungria".
"Há que dizê-lo claramente, não mandamos soldados nem dinheiro para esta guerra", afirmou o primeiro-ministro no mercado do bairro Pesterzsébet de Budapeste, onde lançou hoje a campanha.
Até ao momento desconhece-se o que acontecerá com as assinaturas recolhidas e de que forma serão usadas pelo Governo.
Orbán acusou a oposição e sobretudo o seu maior rival, Peter Magyar, de apoiar "os planos bélicos de Bruxelas".
Prevê-se que na primavera de 2026 se realizem as próximas eleições legislativas na Hungria e ainda que oficialmente a campanha eleitoral só arranque no início do ano, de facto já começou.
Orbán recandidata-se e enfrenta o líder opositor, o conservador Magyar, que lidera as intenções de votos.
De acordo com a última sondagem do Instituto Republikon, o partido de Magyar, o Tisza, conta com um apoio de 43% dos eleitores, à frente do Fidesz, o partido de Orbán, que regista 35% das intenções de voto.
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