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Cuba rejeita "categoricamente" envolvimento militar na guerra da Ucrânia

O governo de Cuba reafirmou hoje "categoricamente" que o país "não está envolvido no conflito armado na Ucrânia" e acusou os Estados Unidos de estarem a difundir "acusações mentirosas" a esse respeito.

Cuba rejeita "categoricamente" envolvimento militar na guerra da Ucrânia

© Getty Images

Lusa
11/10/2025 18:32 ‧ há 7 horas por Lusa

Num comunicado divulgado hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba acusou os Estados Unidos de estarem "a divulgar informações sobre uma suposta participação de Cuba no conflito militar na Ucrânia".

 

"Trata-se de uma acusação caluniosa que começou em 2023 por parte de alguns meios de comunicação social, sem qualquer tipo de prova ou fundamento, e claramente" a mando de alguém, referiu o executivo de Havana.

Esta semana, as duas câmaras do parlamento russo ratificaram o acordo intergovernamental de cooperação militar com Cuba, numa altura em que os Estados Unidos denunciam o envolvimento, em grande número, de mercenários cubanos na guerra na Ucrânia.

Esta ratificação ocorreu dias depois de o Departamento de Estado norte-americano ter distribuído um memorando interno aos seus diplomatas denunciando que entre 1.000 e 5.000 cubanos foram recrutados como mercenários para o Exército russo, fazendo de Cuba um dos principais fornecedores de combatentes estrangeiros.

Hoje, o Governo cubano "reafirma categoricamente que Cuba não faz parte do conflito armado na Ucrânia, nem participa com efetivos militares lá, nem em qualquer outro país", indicou a nota da diplomacia de Havana.

No entanto, reconheceu que não tem "informações precisas sobre cidadãos cubanos que, por conta própria, tenham participado ou participem nas forças militares de ambos os lados do conflito".

Em maio passado, a Assembleia da Resistência Cubana denunciou na cidade norte-americana de Miami que a Rússia tinha recrutado cerca de 20.000 cubanos para a guerra contra a Ucrânia, com o apoio do Governo cubano, dos quais entre 200 e 300 terão morrido em combate.

Cuba e Rússia, aliados tradicionais desde a era soviética, reforçaram as relações bilaterais nos últimos anos e ainda mais agora, quando a ilha atravessa a pior crise económica das últimas três décadas, com escassez de bens de primeira necessidade e uma inflação em espiral, acentuada pelas debilidades estruturais da produção e pelas recorrentes avarias do sistema elétrico.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Eletricidade restaurada para mais de 800.000 pessoas em Kyiv após ataques

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