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Após Pfizer, AstraZeneca também vai baixar preço de alguns medicamentos

Após a farmacêutica Pfizer, no final de setembro, a sua concorrente AstraZeneca vai também baixar o preço de alguns dos seus medicamentos vendidos nos Estados Unidos, anunciou hoje o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca.

Após Pfizer, AstraZeneca também vai baixar preço de alguns medicamentos

© Reuters

Lusa
11/10/2025 07:20 ‧ há 8 horas por Lusa

A "AstraZeneca, a maior empresa farmacêutica do Reino Unido, comprometeu-se a conceder aos americanos descontos significativos no seu importante catálogo de medicamentos", afirmou Trump durante uma conferência de imprensa.

 

Segundo o presidente americano, o grupo passará a oferecer os seus medicamentos nos Estados Unidos "ao menor preço pelo qual os vende em qualquer parte do planeta" e colocará à venda os seus futuros tratamentos "com descontos significativos".

Os preços dos medicamentos nos Estados Unidos estão entre os mais altos do mundo e ultrapassam os aplicados nos seus vizinhos e na Europa.

Segundo um estudo da Rand Corporation, os americanos pagam, em média, 2,5 vezes mais por medicamentos sujeitos a receita médica do que os franceses, por exemplo, uma diferença que Donald Trump tinha-se comprometido a reduzir.

Paralelamente, "a AstraZeneca comprometeu-se a investir nos Estados Unidos 50 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos em investigação e desenvolvimento, bem como em relocalização de ferramentas de produção", acrescentou Donald Trump.

Numa comunicação publicada no dia anterior, o grupo farmacêutica já tinha anunciado um investimento de 4,5 mil milhões de dólares na sua fábrica na Virgínia (este), com a criação de 3.600 postos de trabalho, um esforço que é "a pedra fundamental de um investimento de 50 mil milhões de dólares" anunciado em julho passado.

Donald Trump levantou por várias vezes a ameaça de uma possível sobretaxa aduaneira de 100% sobre qualquer medicamento patenteado importado, se os laboratórios não construíssem unidades de produção nos Estados Unidos.

"Estou particularmente grato por nos conceder uma isenção de direitos aduaneiros de três anos para transferir o restante da nossa produção. A maior parte dos nossos produtos é fabricada aqui, mas temos de transferir uma parte para este país", declarou o diretor-geral da AstraZeneca, Pascal Soriot, que também estava presente na Casa Branca.

No final de setembro, o Presidente norte-americano, Donald Trump, já tinha anunciado o acordo com a farmacêutica Pfizer para reduzir o preço de alguns medicamentos no mercado norte-americano, em troca de isenções tarifárias.

"Agora vamos pagar os preços mais baixos", proclamou num evento na Casa Branca o Presidente norte-americano, que tinha prometido reduzir o custo dos medicamentos no país.

O republicano multiplicou nos últimos meses as medidas para incentivar os laboratórios farmacêuticos a repatriarem a sua produção para solo americano e a baixar os seus preços, algo que falhou durante o seu primeiro mandato.

"A maioria deles vem falar connosco por causa das tarifas alfandegárias", afirmou Trump, "vocês têm de perceber que não terão tarifas alfandegárias se fabricarem no país", defendeu.

Na Casa Branca, o presidente da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que "os grandes ganhadores" do acordo seriam "claramente os doentes americanos".

O acordo com a Pfizer prevê que esta multinacional farmacêutica reduza o preço de venda de vários dos seus medicamentos ao Medicaid, o plano de saúde para pessoas de baixos rendimentos.

A farmacêutica vai também oferecer diretamente aos pacientes alguns medicamentos a preços reduzidos, através de um novo site governamental.

Estes medicamentos, detalhou a Pfizer em comunicado, serão oferecidos "com descontos de 50% em média" e podendo ir até 85.

No entanto, foi especificado que a Pfizer beneficiaria, em troca, de uma isenção de três anos das tarifas proibitivas com as quais Trump está a ameaçar a indústria.

Leia Também: Trump e Pfizer anunciam acordo para reduzir preço de alguns medicamentos

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