"O Comité Nobel fala sobre a paz. O Presidente Donald Trump torna-a realidade. Os factos falam por si. O Presidente Trump merece-o", escreveu Netanyahu, numa nota divulgada pelo gabinete na rede social X, no dia em que foi anunciada a atribuição do galardão à líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado.
A mensagem de Netanyahu refere-se ao acordo de cessar-fogo promovido por Trump para a Faixa Gaza e que entrou hoje em vigor, ao fim de mais de dois anos de conflito, envolvendo o recuo das tropas israelitas e a troca dos reféns em posse dos islamitas do Hamas por prisioneiros palestinianos.
Nas últimas horas, o Presidente norte-americano afirmou que não exerceu pressão sobre este plano para a Faixa de Gaza "pelo Prémio Nobel" e que o fez "pela humanidade".
O republicano criticou ainda o antecessor democrata Barack Obama por ter recebido o Nobel da Paz em 2009, pouco depois de ter assumido a presidência dos Estados Unidos, e "sem fazer absolutamente nada" por isso: "Apenas destruiu o nosso país".
Maria Corina Machado foi distinguida com o Prémio Nobel da Paz de 2025 "pelo trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", anunciou o Comité Nobel Norueguês.
A decisão coloca fim a várias semanas de intensa pressão da Casa Branca e de vários aliados e parceiros, incluindo Israel, para que o Nobel fosse atribuído a Trump.
Em reação, o diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, afirmou que o Comité Nobel Norueguês "colocou a política à frente da paz" ao ignorar o trabalho do Presidente norte-americano.
"Nunca haverá outra pessoa como ele, capaz de mover montanhas com pura força de vontade", escreveu Cheung em comunicado, acrescentando que Trump "vai continuar a negociar acordos de paz, a acabar com guerras e a salvar vidas".
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