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Espécies de focas do Ártico perto da extinção pelas alterações climáticas

O risco de extinção de três espécies de focas do Ártico agravou-se devido às alterações climáticas e 61% das espécies de aves estão em declínio, alertou hoje a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Espécies de focas do Ártico perto da extinção pelas alterações climáticas

© Lusa

Lusa
10/10/2025 14:18 ‧ há 10 horas por Lusa

A informação consta de uma atualização da Lista Vermelha de espécies em perigo, publicada hoje no início do Congresso Mundial da Natureza da UICN em Abu Dhabi (Emirados Árabes), que também contém boas notícias, como uma redução no nível de ameaça da tartaruga verde.

 

Por outro lado, a foca-de-crista (Cystophora cristata) passou de «espécie vulnerável» para «em perigo», o que implica uma ameaça maior, enquanto a foca-barbuda (Erignathus barbatus) e a foca-da-gronelandia (Pagophilus groenlandicus) deixaram de ser uma «preocupação menor» para passar a ser «quase ameaçadas».

A IUCN classifica as espécies, da menos à mais ameaçada como «preocupação menor», «quase ameaçada», «vulnerável», «em perigo», «em perigo crítico», «extinta na natureza» e «extinta».

O aquecimento global está a ocorrer quatro vezes mais rápido no Ártico do que em outras regiões do mundo, o que está a reduzir drasticamente a cobertura de gelo marinho, fundamental para a reprodução, alimentação e descanso das focas da região polar, alertou a organização conservacionista.

A IUCN também alertou para o declínio da população de aves, que afeta 61% das 11.185 espécies estudadas, contra 44% em 2016. Além disso, 11,5% estão ameaçadas a nível global.

A expansão e intensificação da agricultura e o abate de árvores são as maiores ameaças para as aves, uma vez que provocam a perda dos seus habitats, um problema especialmente grave em Madagáscar, África Ocidental e América Central, salientou a UICN.

Por outro lado, a organização comemorou a recuperação da tartaruga verde (Chelonia mydas) «graças a décadas de conservação».

A população de tartarugas verdes cresceu 28% desde os anos 70 e passou de «em perigo» para «preocupação menor» na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas.

Os esforços de conservação têm sido especialmente bem-sucedidos na Ilha Ascensão (território britânico no Atlântico Sul), Islândia, Brasil, México e Havai (Estados Unidos), embora a população desta espécie continue significativamente reduzida em relação aos níveis anteriores à colonização europeia, reconheceu a IUCN.

Nesta atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, há dez novas espécies extintas, entre as quais se encontram a musaranho da Ilha de Natal (Crocidura trichura), uma espécie de caracol marinho (Conus lugubris) e o maçarico-de-bico-fino (Numenius tenuirostris).

Leia Também: Palanca negra gigante continua criticamente em perigo de extinção

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